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Elsa Moura

Regional 06.01.2016 15H31

90 milhões para nova Av. da Liberdade

Escrito por Elsa Moura
Autarquia de Braga revelou hoje os projectos vencedores do concurso de ideias para a requalificação da Avenida da Liberdade.

Seriam necessários mais de 90 milhões de euros à Câmara Municipal de Braga para levar para a frente o projecto vencedor do concurso de ideias lançado para a Avenida da Liberdade. Os vencedores do concurso foram revelados esta terça-feira, no GNRation.


Prolongamento do túnel, alargamento dos espaços pedonais, um parque de estacionamento subterrâneo, um parque urbano e a criação de uma rede de espaços verdes que culminaria na zona sul da cidade são apenas algumas das sugestões que constam da proposta apresentada pelo gabinete Machado+Braga Macedo Arquitectos, vencedor do concurso.


São três as linhas que compõe este projecto: “a ligação da zona norte da cidade - o centro histórico - à zona sul através do eixo Avenida da Liberdade”, daí o “redesenho de toda a avenida”. A segunda linha contempla a criação de um espaço de parque urbano e a terceira, “uma rede de espaços verdes que têm o seu culminar na zona sul”, começou por explicar João Braga Macedo.


Prolongar a zona pedonal de uma forma "mais convidativa" é um dos objectivos, mas "sem comprometer a circulação automóvel". Entre as alterações patentes na proposta vencedora, destaca-se o prolongamento do túnel. E aqui, algumas questões, sobretudo tendo em conta os vestígios arqueológicos. No entanto, a resposta é relativamente simples para João Braga Macedo. Para o arquitecto “é uma questão de prioridades, uma questão que o executivo camarário terá de analisar e ver o que é que tem mais valor: se é manter um templo enterrado, que ninguém pode ver, ou se é prolongar um túnel e beneficiar uma grande parte da cidade”, atirou. O responsável vai mais longe e sugere a possibilidade de “remontar o templo noutro sítio”.


A ideia vencedora contempla ainda um viaduto e um parque de estacionamento subterrâneo. "Entre a Avenida Imaculada Conceição (rodovia) e a rua Conselheiro Lobato um parque de estacionamento subterrâneo que serviria para dar estacionamento às habitações que existem na Avenida da Liberdade, muitas delas desocupadas por não terem sítios para estacionar”. O arquitecto sugere que “seria bom para as habitações e também para o comércio que seria dinamizado”.


Numa análise à proposta vencedora, o presidente da Câmara Municipal de Braga lembrou que este é apenas um concurso de ideias, e que há algumas que podem ser analisadas com mais atenção por parte da autarquia. “Não é esta a proposta que nós vamos implementar, algumas destas soluções parecem-nos muito interessantes, outras não são desde logo exequíveis do ponto de vista financeiro”. Por isso, a autarquia pretende “conciliar todos estes contributos com outras ideias que a autarquia já tinha para fazer ao longo dos próximos anos”.


Entre as sugestões Ricardo Rio salientou o “reordenamentos dos perfis na Av. da Liberdade, a possibilidade de prolongamento do túnel, uma ligação subterrânea que faça submergir o acesso de quem vem de Guimarães para Braga de maneira a criar a contiguidade territorial entre o Parque Monte Picoto e o Parque da Ponte”. O autarca admitiu que “não está posta de parte a questão da redefinição do acesso ao Parque de Exposições de Braga assim como as intervenções nos centros comerciais”.


Realçando a importância de incentivar a regeneração urbana através de agentes públicos e privados, o autarca bracarense assumiu a inexistência de financiamento para tantas ideias. “Quer nesta proposta quer nas outras há ideias que nos parecem muito pertinentes, agora nalguns casos elas dependem exclusivamente do município, noutras dependem do município mas carecem de financiamentos nomeadamente em sede de plano estratégico de desenvolvimento urbano, e noutros casos dependem dos agentes privados, que são os proprietários que terão de concretizar algumas das iniciativas”, apontou.


No que respeita a espaços já construídos, o projecto vencedor contempla um hotel de luxo no edifício da Universidade do Minho situado na rua do Castelo. Já para o Shopping de Santa Cruz é proposta a demolição do edifício e a construção de um novo que complementasse a actividade do Theatro Circo ocupando ainda o  S. Geraldo que teria de ser requalificado.


Nos shoppings a estratégia seria compactar as lojas espalhadas por superfícies comerciais nesta zona da cidade. O ‘Rechicho’ seria ocupado pela Editminho e AIMinho, e as actuais instalações, junto ao PEB, seriam demolidas.


Classificação dos três primeiros projectos

1º prémio - 12.500 euros - Machado+Braga Macedo Arquitectos

2º prémio - 5.000 euros - Luis Guimarães

3º prémio - 2.500 euros - Fernando Rocha Peixoto Dias Arquitecto.

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