O presidente da Junta de Freguesia de S. Victor admite que "neste momento, o mais justo e de melhor bom senso seria entregar a gestão da antiga Fábrica Confiança a quem tenha uma programação de usufruto pleno e que seja livre de alguma pressão partidária e política". A hipótese foi levantada pelo autarca de S. Victor no decorrer da reunião entre a Comissão Parlamentar de Cultura, a Plataforma Salvar a Fábrica Confiança e a Junta de Freguesia de S. Victor, esta segunda-feira.

A Plataforma Salvar a Fábrica Confiança sugeriu, nessa mesma reunião, a cedência da gestão do edifício à Junta de Freguesia de S. Victor ou até mesmo à Universidade do Minho. Ora, Ricardo Silva, apesar de vincar que o actual executivo daquela freguesia defende a continuidade da fábrica na esfera pública e que "tem muita vontade de ver o edifício à fruição pública", alerta que num contexto de futuras eleições autárquicas, a junta de freguesia pode vir a ser conduzida por um executivo que "tenha uma visão diferente". 

O actual presidente de junta considera que a antiga Fábrica Confiança "não pode estar refém de opções que podem ser emanadas das diferentes visões partidárias". A Junta de Freguesia de S. Victor considera, por isso, que "o ideal é que haja um movimento de cidadania, uma associação constituída pelos cidadãos que possa tomar conta da Fábrica Confiança", reconhecendo que "o mais correcto seria criar propositadamente essa mesma associação para dar um fim cultural à Confiança".