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Foto: Elsa Moura/RUM             
Elsa Moura

Regional 06.02.2017 19H48

“Não está tudo bem na Polícia Municipal”, admite Ricardo Rio

Escrito por Elsa Moura
PS denunciou duas situações na reunião de câmara confirmadas pelo presidente da autarquia: desapareceu a chave do armeiro da Polícia Municipal e foram encontradas munições espalhadas pelo chão.

“Não está tudo bem na Polícia Municipal” de Braga. Quem o admite é o próprio presidente da Câmara Municipal de Braga (CMB) que, ainda assim, sublinha que “hoje a equipa é muito mais activa e colaborante” que no tempo da gestão autárquica socialista.

Esta segunda-feira, os vereadores socialistas trouxeram ao debate, extra reunião de câmara os casos de uma chave perdida do cofre das munições da Polícia Municipal e um outro de munições encontradas no chão do edifício onde a mesma funciona. O caso terá acontecido há vários meses sem que tenham sido encontrados  culpados.

Os problemas internos na Polícia Municipal não são uma novidade e no momento de saída do último chefe da Polícia Municipal, o mesmo deixou um relatório onde apontava alguns.

Quase no final do primeiro mandato da coligação de direita, o actual executivo optou por não nomear nenhum comandante delegando as competências de chefia ao gabinete do vereador com a tutela da Protecção Civil e vice-presidente da CMB, Firmino Marques.


Munições encontradas no chão não pertenciam ao tipo de arma utilizada pela Polícia Municipal


Hoje, os vereadores socialistas denunciaram o caso do desaparecimento da chave do armeiro da Polícia Municipal de Braga e das munições – não correspondentes ao tipo de arma utilizada pela Polícia Municipal – espalhadas pelo chão da esquadra. A situação terá acontecido “há vários meses” e o caso foi resolvido sem qualquer atribuição de culpas. A fechadura foi imediatamente substituída, mas o autarca Ricardo Rio confirmou aos jornalistas que “foram desencadeados os respectivos inquéritos internos”. Recusou associar a situação do desaparecimento da chave do armeiro com as munições encontradas no chão: “o que nos foi transmitido é que foram balas colocadas lá na óptica de colocar ruído em termos de funcionamento”. E acrescentou que “entre a identificação das situações e a possibilidade de apuramento de responsabilidades – não havendo meios de prova – a autarquia iria estar a “criar uma situação” e por isso não foi feita nenhuma participação às autoridades. 


O autarca bracarense disse também que tudo não passou de “um gesto provocatório” num contexto “interno” e que dois exemplos não devem levar os cidadãos a questionar a segurança sempre que circulam na rua. Aliás, considera “lamentável que o Partido Socialista (PS) venha para a praça pública fazer alegadas denúncias sobre situações irregulares de casos absolutamente pontuais, sinalizados, identificados e que se arrastam na sua esmagadora maioria de mandatos do PS”. 


O autarca optou sempre por descartar responsabilidades sobre a equipa da Polícia Municipal uma vez que os actuais elementos foram seleccionados pelos executivos socialistas e não pela coligação de direita. “Temos pessoas hoje na Polícia Municipal que não estão vocacionadas para a Polícia Municipal, mas são uma minoria”, reconheceu. Ainda assim, acrescentou que hoje se vive “um período de claríssima pacificação, de conferir maior eficácia e maior dignidade à Polícia Municipal”.


Os vereadores socialistas, que denunciaram os dois casos afirmam que a Polícia Municipal continua com problemas internos. “Ter armamento espalhado por uma esquadra é preocupante. A Polícia Municipal de Braga está sem rei nem roque”, denunciou o vereador Gil Sousa.

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