A cidade de Braga vai ter "o maior parque urbano do país e um dos maiores de Portugal". Em entrevista à RUM, o vereador do Urbanismo, Miguel Bandeira, abordou a alteração do PDM que será votada na próxima segunda-feira tendo em vista o parque Eco monumental das Sete Fontes, referindo também que o processo de criação do eco parque, "um desígnio unânime de toda a comunidade bracarense, não está parado, ao contrário do que poderiam alguns menos avisados supor".

Sobre a alteração do PDM, o vereador refere que se trata de "mais um passo determinante que vem na senda de todo o processo de ordenamento". Miguel Bandeira lembra que o município está a cumprir com os tempos que haviam sido referidos no início dos trabalhos da equipa contratada e recorda que tem sido feito um trabalho de contacto directo com os proprietários. Segue-se, por isso, "a abertura do procedimento de elaboração do plano de urbanização, o instrumento de gestão do território adequado à aplicação deste processo considerado fundamental no sentido de obter os compromissos que o próprio estudo envolveu".

O vereador recordou a avaliação de fiscais competentes do estado, juristas, arquitectos e engenheiros que apontam para a realização do objectivo de todos: "ter o mais rapidamente possível, que nunca será com o tempo desejável, o ecoparque".

Miguel Bandeira assinala ainda que o município de Braga "mantém abertos todos os canais de diálogo e de negociação de todos os interessados", incluindo proprietários, associações e cidadãos no geral.

Questionado sobre as dificuldades de negociação com muitos dos proprietários de terrenos naquela zona, Miguel Bandeira lembra que o objectivo é caminhar para a criação do ecoparque, acreditando nas plataformas de entendimento que, admite, "têm tido expressões diversas". "Toda a gente é livre de afirmar as suas opiniões, de reivindicar aquilo que entende legitimamente serem os seus direitos, mas a CMB defende acima de tudo o interesse público, tem um caminho traçado e não abdica dele", assegurou.

Confrontado com as intervenções do presidente da Junta de Freguesia de S. Victor que recentemente sugeriu a construção ordeira nas imediações do parque, Miguel Bandeira recusou comentar. "A Câmara não quer desconsiderar os legítimos interesses de todos os intervenientes", disse.

Certo é que a área de intervenção do eco parque das Sete Fontes "está para além do parque propriamente dito e que implicará contrapartidas".

Miguel Bandeira foi mais longe e salientou que o Parque Eco Monumental das Sete Fontes "corresponderá ao maior parque urbano do país, um dos maiores de Portugal e, comparando com outros como Porto, Famalicão, Guimarães, em princípio o Eco Parque das Sete Fontes vai ter uma área maior, corresponderá mais do que as expectativas iniciais".