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Tiago Barquinha Gonçalves/RUM
Tiago Barquinha

Regional 21.09.2020 13H40

Adesão à greve dos trabalhadores do Hospital de Braga ronda os 90%

Escrito por Tiago Barquinha
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, há profissionais que "recebem abaixo do salário mínimo nacional”.
As declarações do sindicalista Orlando Gonçalves. 

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Pela quarta vez em greve, cerca de 800 assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos superiores reivindicam a aplicação dos Acordos Colectivos de Trabalho. A paralisação, cuja adesão ronda os 90%, estende-se até à meia-noite desta segunda-feira.


Actualmente, estes profissionais da instituição de saúde bracarense que trabalham 40 horas auferem o mesmo salário que os colegas que fazem 35 horas nos outros hospitais afectos ao Serviço Nacional de Saúde. Além disso, de acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, os funcionários que trabalham 35 horas em Braga - parte dos assistentes operacionais - "recebem abaixo do salário mínimo nacional”.


“Há mais de um ano que o Hospital de Braga passou a Entidade Pública Empresarial e os Acordos Colectivos de Trabalho ainda não foram aplicados. Há trabalhadores, que, para além dos descontos, como salário base, recebem 565 euros, menos 80 que os colegas dos outros hospitais”, acrescenta Orlando Gonçalves.


Queixando-se da falta de respostas por parte da adminstração hospitalar e do Governo até agora, Orlando Gonçalves adianta que haverá uma reunião da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais com António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, sobre alguns temas relacionados com o sector, na qual “o caso do Hospital de Braga estará em cima da mesa” .


O sindicalista lamenta a demora no processo para resolver uma questão que é, no seu entender, “anti-democrática”. Por essa razão, apela ao Presidente da República que “intervenha e exija ao Governo a aplicação do contrato colectivo do trabalho para criar igualdade no país”. “Ele é o garante da democracia e das instituições. Não serve apenas para afectos. As pessoas não comem afectos”, refere.



Conselho de administração assegura que está a acompanhar a situação


Depois de Outubro, Março e Julho, os trabalhadores do Hospital de Braga voltam a fazer greve. Olhando para o impacto da manifestação desta segunda-feira, Orlando Gonçalves refere que “algumas consultas não se realizaram, que o Banco de Sangue encerrou e que apenas estão a funcionar os blocos operatórios das urgências e das cirurgias programadas de nível 4 (nível máximo de prioridade) do serviço de Oncologia”.


Num comunicado enviado à RUM, o conselho de administração garante que “continua a envidar esforços para a a resolução do processo de adesão aos Acordos Coletivos de Trabalho que se encontram em curso" e que "tudo fará no sentido de salvaguardar, de forma equitativa, os interesses dos profissionais".



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