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Liliana Oliveira

Cultura 09.04.2021 15H35

"As pessoas que têm a Cultura como um bem essencial vão regressar aos espetáculos"

Escrito por Liliana Oliveira
O escritor João Tordo, o programador Luís Sousa Ferreira e a artista Surma foram os primeiros convidados da nova agenda cultural da AAUMinho, "Cultivar".
Rui Oliveira, presidente AAUMinho, Surma, Luís Sousa Ferreira e João Tordo

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A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) lançou, esta quinta-feira, a nova agenda cultural.

Chama-se "Cultivar" e vai, mensalmente, apresentar um programa diferente à comunidade académica.

O presidente da AAUMinho, Rui Oliveira, explica que o objetivo da iniciativa passa por "ligar e aproximar a comunidade académica às artes". A agenda arrancou em Abril, mas prolonga-se até ao final do ano, sempre com um tema e convidados diferentes, e espera-se que "permita o enriquecimento do percurso pessoal", mas também que motive "a procura de Cultura, bem como a criar hábitos positivos na Cultura". 


Na sessão de estreia da nova agenda cultural da AAUMinho o escritor João Tordo, juntou-se ao programador cultural Luís Sousa Ferreira e à artista Surma para falar da importância da Cultura e todos acreditam que os portugueses vão continuar a consumir Cultura, depois do confinamento.


"Já estamos todos ansiosos por estar juntos e estar num concerto, numa peça de teatro ou mesmo num jardim. Quando começar a andar com calma, acho que os portugueses vão aderir muito bem à Cultura e tenho esperança que vá correr muito bem", referiu a artista.


O programador cultural, Luís Sousa Ferreira, diz que "quem tem mais receio (de voltar aos espetáculos) são as pessoas que nao iam ou iam de uma forma pontual". "As pessoas que têm a Cultura como um bem enssencial vão regressar. Vi nos espetáculos de verão uma grande consciência, comas pessoas ordeiramente a desinfetar-se, a percorrer os circuitos, a dar os nomes para se houvesse algum problema e não houve um único surto de Covid-19 na Cultura", reforçou.


João Tordo não está tão seguro no regresso em massa aos espetáculos culturais. "Não sei até que ponto o medo não vai tomar conta da situação durante algum tempo", começou por referir. O escritor, que venceu o prémio José Saramago em 2009, considera que na retoma cultural "haverá pessoas que se vão sentir desconfortáveis em ir a concertos, ao cinema ou ao teatro". Tordo aponta para uma retoma "progressiva", na reconquista dessa confiança. 

"Parace-me que a única opção é irmos vivendo um dia de cada vez", finalizou.

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