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Elsa Moura

Regional 19.09.2020 09H07

Bracarense vence prémio nacional de mobilidade em bicicleta

Escrito por Elsa Moura
Mário Meireles, presidente da Associação Braga Ciclável, é um dos mais conhecidos defensores e promotores do uso da bicicleta em Braga.

O bracarense Mário Meireles recebeu o prémio nacional da mobilidade em bicicleta na categoria cidadania, atribuído pela Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, esta quinta-feira. 

Na cidade dos arcebispos, Mário Meireles é presidente da Associação Braga Ciclável e um dos mais activos defensores do uso da bicicleta no dia-a-dia. Por diversas vezes tem vindo a público desafiar a gestão municipal a investir na promoção do uso da bicicleta na cidade com vias partilhadas e mais ciclovias. Nas redes sociais partilha muitas vezes vídeos para mostrar fragilidades e sugerir alternativas.


No seu dia-a-dia utiliza a bicicleta para as deslocações para o trabalho, para levar a filha à escola ou até para fazer compras.


À RUM, o engenheiro informático assume que se trata de um prémio que traz mais responsabilidades à missão que procura cumprir. 

"É uma responsabilidade receber um prémio destes. Há muitos anos que defendo melhores condições para a utilização da bicicleta. É sempre um gosto ser reconhecido e também uma responsabilidade", refere. Mário Meireles defende "melhores condições para a cidade, não numa óptica de exclusividade, mas de maior democracia nas estradas e maior segurança".


O bracarense considera também que Portugal começou muito tarde a caminhada de transformação das cidades para outras mobilidades. 

"Sem a construção de uma rede ciclável urbana, sem a reorganização das nossas avenidas, que são exageradamente dedicadas ao automóvel, não se vai conseguir ter mais pessoas a utilizar a bicicleta. Assim que as cidades transformam essas avenidas, cedem algum do espaço automóvel à bicicleta, havendo espaço para  o automóvel, para a bicicleta e para o transporte público, a verdade é que as pessoas aparecem a utilizar a bicicleta, seja em que cidade for", argumenta, citando algumas das cidades europeias que conquistaram novos utilizadores com a democratização das avenidas.

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