O cineclube Lucky Star exibe na próxima terça-feira, 20 de abril, o filme Viagem a Tóquio do realizador japonês Ozi.

Na nova fase de desconfinamento, o auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva transforma-se numa sala de cinema com lotação limitada cumprindo as regras da DGS.

António Cruz Mendes esteve à conversa com a RUM e falou sobre o miniciclo dedicado a Yasujiro Ozu, considerado pelos seus conterrâneos como “o mais japonês” dos realizadores do Japão. A primeira sessão, agendada para as 19h00 de 20 de abril é dedicada  ao filme 'Viagem a Tóquio', de 1953, considerado o melhor filme de todos os tempos. A 27 de abril, do mesmo realizador, será exibido o filme 'O fim de outono', de 1970. "Vamos reiniciar a nossa programação pública", disse, lembrando que o cineclube tem promovido outras atividades, mas à distância.

"Viagem a Tóquio" foi considerado o melhor filme de todos os tempos no inquérito realizado pela revista Sight & Sound a centenas de realizadores de todo o mundo e conquistou o 3º lugar no inquérito aos críticos de cinema.

O auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva dispõe agora de uma nova máquina de projeção e passa a acolher as sessões do Lucky Star, ultimamente realizadas no Museu D. Diogo de Sousa. 

Depois das sessões, e sempre que se justificar, os elementos da plateia debaterão o filme até porque "além do entretenimento", o cineclube pretende "divulgar a cultura cinematográfica".

No último ano, a pandemia levou os aficionados do cinema a instalarem-se à frente do seu pequeno ecrã, nas suas casas. Ouvido pela RUM, António Cruz Mendes afirma que as experiências são distintas e que por essa razão, o desconfinamento permitirá o regresso aos "velhos hábitos".