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Liliana Oliveira

Cultura 18.05.2022 14H13

Festivais Gil Vicente regressam em junho com seis espetáculos 

Escrito por Liliana Oliveira
Com um orçamento de 55 mil euros, os Festivais Gil Vicente apresentam, entre 2 e 11 de junho, seis espetáculos, dois deles em estreia absouta, no Centro Cultural Vila Flor e no Centro Internacional das Artes José de Guimarães. A Oficina promove Workshop e Jornadas de Teatro.
Rui Torrinha e Sara Barros Leitão sobre os Festivais Gil Vicente

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Com um orçamento de 55 mil euros, os Festivais Gil Vicente apresentam, entre 2 e 11 de junho, seis espetáculos, no Centro Cultural Vila Flor e no Centro Internacional das Artes José de Guimarães.

A programação foi apresentada esta quarta-feira, no CCVF.

A primeira semana, conta com três peças, duas em estreia absoluta.


Cabe ao famalicense Diogo Freitas abrir o Festival, com “Tratado, a Constituição Universal”, o último espetáculo do ciclo “Democracia e os anos 90”, da Momento - Artistas Independentes.

“É uma proposta arriscada, porque tenta sugerir uma nova organização, onde os cidadãos são convidados a votarem e viverem num regime à sua escolha”, explicou o diretor artístico do CCVF, Rui Torrinha.

O trabalho do jovem encenador será apresentado a 2 de junho, às 21h30, no grande auditório Francisca Abreu.

Segue-se uma outra estreia, desta vez “Massa Mãe”, de Sara Inês Gigante. “Pensar a tradição e a sua renovação e parte da pesquisa que a Sara faz do Minho”, desvendou o diretor. A peça sobe ao palco do pequeno auditório do CCVF a 3 de junho, pelas 21h30.


“Limbo”, de Victor de Oliveira, é o espetáculo que sobe ao palco da black box do CIAJG, a 4 de junho, às 21h30. “É uma viagem pessoal, do modo como lida com a diferença, por ser uma pessoa de cor e fala do colonialismo”, referiu Rui Torrinha, adiantando que a peça “tem uma componente visual muito forte”

Na segunda semana, “O Desprezo” pode ser visto no grande auditório do CCVF, no dia 9 de junho. Depois de terem apresentado a peça no Centro Cultural de Belém, os auéééu trazem a Guimarães a trama que “pretende criar perspetivas de como lidamos com as coisas que não gostamos”.

“Another Rose”, espetáculo vencedor da 4ª edição Bolsa Amélia Rey Colaço, pode ser visto a 10 de junho no pequeno auditório do CCVF.


Sofia Santos Silva propõe uma colaboração com Gulabi Gang, um grupo ativista sediado em Uttar Pradesh, no norte da Índia, fundado por mulheres para dar resposta à violência sistémica e discriminação generalizada de uma sociedade assente em práticas e costumes patriarcais que banalizam a violência sobre as mulheres.

A fechar o ciclo, o CIAJG recebe, a 11 de junho, “Ainda Marianas”, de Catarina Rôlo Salgueiro, Leonor Buescu / Os Possessos. Parte das novas cartas portuguesas, de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, que celebra 50 anos, e esta peça fala da força da mulher.

Os bilhetes já estão à venda e variam entre os 5 e os 7,50 para cada dia.

Há ainda a possibilidade de adquirir um passe para três espetáculos por 15 euros ou um passe geral por 30 euros.


A Oficina promove Workshop e Jornadas de Teatro


A Oficina propõe ainda um programa paralelo, que inclui o ciclo Depois do fim. “O que acontece quando a escola acaba?”, que será dividido em dois momentos. O primeiro inclui um workshop de Teatro, denominado “De que nos serve a ilusão?”, dado por Beatriz Batarda, de 6 a 9 de junho, no espaço Oficina. A atriz e professora “prepara há muito tempo jovens para estudar no estrangeiro e começar as suas vidas profissionais”, explicou a diretora artística convidada d’A Oficina, Sara Barros Leitão.


Esta formação é gratuita, mas haverá uma seleção de 14 participantes, feita pela própria Beatriz Batarda.

Depois, decorrerão umas Jornadas de Teatro “dedicadas aos jovens que estão na escola e sair da escola, porque a transição para o mercado de trabalho é muito difícil de fazer”. Sara Barros Leitão considera que este é um momento importante para esclarecer “o que é um recibo verde ou um contrato de trabalho, como se começa uma companhia, o que são estatutos, se se deve ou não pagar um ‘book’”, para isso entre os convidados estarão, por exemplo, diretores de casting.

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