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Redação

Nacional 23.11.2021 13H51

Governo não tenciona “confinar atividades económicas” 

Escrito por Redação
Eventos de alto risco podem exigir certificado e teste conjuntos. Primeiro-ministro recebe partidos com assento parlamentar, hoje e amanhã.

(Em atualização)


No final da reunião com o primeiro-ministro, João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, disse não haver, da parte do Governo, a intenção de “voltar a confinar as atividades económicas” nem de “proceder a restrições idênticas às que já tivemos no passado”, o que o partido considera “um ponto positivo”.

“Outro ponto positivo foi o facto de, pela primeira vez, aquilo que o Governo tem designado por ‘autoavaliação de risco’ ter um papel bastante mais importante do que teve no passado”, ou seja, devolver às pessoas a responsabilidade sobre o modo como se devem comportar consoante o risco de infeção nos seus meios familiar e laboral, explicou o deputado.


Houve, porém, divergências entre a IL e o Governo, nomeadamente no que diz respeito à exigência de certificado digital ou teste negativo em determinadas atividades, “sem que isso seja decidido pelos próprios promotores dessas atividades, mas sim imposto centralmente”, o que “não faz sentido”, afirmou.


Acredita que a matriz de risco deve ser refeita por já se encontrar “desatualizada” em alguns aspetos. “Um deles é o ponto de rutura do SNS”, afirmou, considerando que a época das doenças respiratórias como a gripe não foi devidamente acautelada.

“Um país que chegou a ter em fevereiro do ano passado 1400 camas de Cuidados Intensivos disponíveis para os vários eventos, hoje tem 900 apenas”, o que significa que “o Serviço Nacional de Saúde não se preparou para os picos da gripe sazonal e também da covid”, defendeu.


Chega pede ao PM medidas contra a covid-19 “consensualizadas ao máximo” devido ao quadro parlamentar


O Chega já reuniu com o primeiro-ministro, a quem transmitiu que “não devemos voltar a ter, em Portugal, qualquer tipo de confinamento, seja ele geral, parcial ou setorial”.

“Não deveremos voltar a ter encerramento de estabelecimentos ou de setores”, mesmo os “mais expostos ao risco”, afirmou André Ventura aos jornalistas no final da reunião.

No entanto, o líder do Chega considera que “devemos compreender que o crescimento desta dita quinta vaga obrigará a reforçar algumas medidas de controlo e de segurança”.


Assim sendo, o partido pediu a António Costa “medidas que possam ser consensualizadas ao máximo, para que o novo quadro parlamentar que deriva do dia 30 de janeiro”, quando se realizarão eleições legislativas antecipadas, “não se confronte com medidas em que nada participou e em que nada esteve de acordo”.

Segundo Ventura, o primeiro-ministro mostrou-se recetivo a essas propostas e demonstrou disponibilidade para consensualizar ao máximo as medidas contra a covid-19.


André Ventura diz estar em cima da mesa do Governo a exigência de certificado de vacinação ou de recuperação para a frequência de determinados setores ou estabelecimentos.

“Parece-nos que estará em cima da mesa também um controlo acrescido em eventos com maior exposição de risco, como é o caso dos grandes eventos desportivos, concertos ou até discotecas”, declarou.

Segundo Ventura, nesses casos não só deverá ser exigido certificado, como teste negativo à covid-19 realizado até 48 horas antes do evento em questão.


“Chamámos a atenção ao senhor primeiro-ministro para os riscos que uma exigência destas podia colocar, mas evidentemente que é melhor (…) uma exigência dupla como será esta, se um certificado e de um teste ao mesmo tempo”, do que “simplesmente encerrar os setores ou limitar em muito a sua lotação”.

Outro fator em cima da mesa é a obrigatoriedade do uso de máscara. Para o Chega, “sendo aceitável o reforço do uso de máscara em alguns espaços fechados”, parece ser “completamente desajustada” a obrigatoriedade de uso de máscara na rua, o que deve ser uma recomendação e não uma obrigação.


c/RTP

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