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Vanessa Batista

Academia 29.06.2022 13H53

Grupo UMinho fecha 2021 com resultado negativo de 1,5ME

Escrito por Vanessa Batista
Só com recursos humanos foram gastos mais 2,5 milhões de euros face a 2020, devido à contratação de investigadores e profissionais técnicos, administrativos e de gestão.
As explicações e alertas do administrador da Universidade do Minho,  José Eduardo Ferreira, e do reitor Rui Vieira de Castro. 

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O grupo Universidade do Minho apresentou um resultado negativo de 1,5 milhões de euros em 2021. As contas consolidadas foram apresentadas na última reunião do Conselho Geral pelo administrador José Eduardo Ferreira.


A academia minhota apresenta um passivo de 3,4 milhões de euros, apesar de um aumento do ativo em 2 milhões.

Em termos de resultados de gestão das três atividades da UMinho - ensino, investigação e interação com a sociedade -, apenas o referente à educação teve um resultado positivo. Destaque para a recuperação dos Serviços de Ação Social em 1,2 milhões de euros, que continuam, no entanto, a registar um resultado negativo na ordem dos 834 mil euros.


Na semana passada, a RUM noticiou a intenção do reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, de vir a contrair um empréstimo ou proceder à alienação de património para fazer face à situação de subfinanciamento da instituição. Contudo, o administrador alertou neste último Conselho Geral para as condicionantes dessas opções, visto que o setor financeiro sofreu grandes alterações devido à guerra na Ucrânia. Neste momento, a instituição não sabe se irá necessitar do parecer favorável do Ministro das Finanças para avançar com um pedido de empréstimo, mas essa opção "poderá ter encargos financeiros muito elevados para a universidade", referiu o responsável, visto que as entidades financiadoras não estão a conseguir reembolsar a academia em tempo útil no que toca aos projetos de investigação. "Se aumentarmos esse valor, a dificuldade será acrescida", declara. 


Quanto à possibilidade de alienação de património da instituição de ensino superior minhota, José Eduardo Ferreira alerta para a obrigatoriedade prevista no Regime Fundacional destas verbas serem canalizadas para investimentos em ativos imobiliários.


A partir do próximo ano cada unidade orgânica da UMinho terá um orçamento próprio, permitindo identificar com maior facilidade as suas ineficiências e necessidade. Em 2021, a UMinho gastou 103 milhões de euros com pessoal, mais 2,5 milhões face ao ano anterior, devido à contratação de investigadores e profissionais técnicos, administrativos e de gestão. 

O reitor pede cautela, visto que em julho a instituição terá de utilizar receitas próprias para concretizar os pagamentos das progressões remuneratórias dos docentes por efeito da sua avaliação e não coloca de parte a possibilidade de "travar a contratação de recursos humanos", caso a situação não se altere.


No que toca aos projetos de investigação, Rui Vieira de Castro garante que não há redução do número de projetos entre 2020 e 2021, mas no futuro poderá vir a existir uma quebra na execução.


Recorde-se que a Universidade do Minho viu 20 das 35 candidaturas às Agendas de Inovação Empresarial passarem à fase seguinte do processo de aprovação de financiamento, no quadro do Plano de Recuperação e Resiliência. Os projetos estão orçados em cerca de 50 mil euros. 


O grupo UMinho é composto, entre outros, pela TecMinho, 2CA, Ciência Viva de Guimarães. 

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