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Liliana Oliveira

Academia 03.12.2020 00H32

Incidente com alegado apelo ao voto indevido "pode ter pesado" na derrota

Escrito por Liliana Oliveira
João Rocha perdeu a eleição para o Conselho Fiscal e Jurisdicional, órgão que presidia até então.
João Rocha, depois do anúncio dos resultados

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Os alunos da Universidade do Minho elegerem, esta quarta-feira, os representantes para os órgãos sociais da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM).


Afonso Silva, candidato pela lista C, derrotou o até então presidente do Conselho Fiscal e Jurisdicional, João Rocha, e vai presidir o órgão em 2021.

A lista C mereceu o voto de confiança de 1150 estudantes, o que lhes vale 5 mandatos, já a lista B, que esteve envolta em polémica devido a um alegado apelo ao voto, não foi além dos 1119, correspondente a 4 mandatos.


A Comissão Eleitoral advertiu publicamente a Lista B, no dia das eleições. Em causa está um eventual apelo ao voto indevido, que resultou num pedido de impugnação por parte de Afonso Silva, líder da lista concorrente a esse órgão. Contas feitas, a lista B saiu derrotada. João Rocha acredita que o incidente "pode ter pesado no resultado", mas não será causa única. A derrota poderá também ser justificada, segundo disse à RUM o candidato da lista B, pela "visibilidade do órgão e pelo facto de os estudantes não se terem identificado com o projecto", algo que considera "legítimo". 


Visivelmente triste com o resultado da noite eleitoral, João Rocha assumiu "decepção pela derrota de um projecto de continuidade", mas "um enorme respeito pela decisão dos estudantes".  

"Em termos de rigor, transparência e competência do que foi feito estou tranquilo. As eleições ganham-se e perdem-se. Fui eleito com três colegas e desempenharei o nosso mandato seguindo os valores com os quais nos apresentamos. Tínhamos visões bastante diferentes, por isso estaremos alerta e muito atentos no desempenho de um mandato exímio", disse.


Ainda que tenha perdido poder, o estudante do mestrado em Economia Social assegura que "a oposição nunca esteve presente no anterior mandato", mas João Rocha não quer seguir o mesmo caminho, garantindo que em conjunto com a sua equipa vão "trabalhar em prol dos estudantes".


No que diz respeito ao CFJ, a taxa de abstenção foi de 83,7%. Votaram 2777 estudantes, 508 votos foram em branco.



Comissão eleitoral considerou que "não houve má-fé" no alegado apelo ao voto


A propósito do incidente com o alegado apelo ao voto, a Comissão eleitoral reuniu de emergência duas vezes na tarde desta quarta-feira para decidir as sanções a aplicar.

O candidato da lista B acabou por deliberar fazer uma advertência pública e um pedido de desculpas por parte da lista B.


Ivo Marques explicou, em declarações à RUM, que a comissão eleitoral acabou por considerar que o acto de apelar ao voto não foi intencional. "Já foi uma prática em anos anteriores em que os candidatos enviavam nos minutos restantes da campanha um apelo ao voto, mas não houve interpelação e os candidatos que estão há mais tempo neste meio acabam por sentir que é legal. Conseguimos compreender e sentir que não houve má-fé", referiu Ivo Marques, assegurando que se tratou de uma "infracção passiva".

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