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Pedro Pinheiro Augusto
Liliana Oliveira

Regional 17.08.2022 14H30

Morador de Nogueira denuncia arboricídio. Junta vai apurar responsabilidades

Escrito por Liliana Oliveira
Depois da denúncia de um morador, a União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães vai reunir, esta tarde, com os técnicos da Câmara Municipal para analisar o estado de algumas árvores que, alegadamente, foram descascadas com recurso a roçadoras.
Declarações de Pedro Pinheiro Augusto, morador em Nogueira, e Rui Ramos, vogal da União de Freguesias

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Um morador de Nogueira acusa os jardineiros que atuam na freguesia de estarem a matar as árvores jovens.

A Câmara Municipal descarta responsabilidades, uma vez que esta é uma competência delegada nas Juntas de Freguesia. A União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães vai apurar responsabilidades, esta tarde.

Pedro Pinheiro Augusto denuncia “a falta de conhecimento técnico dos jardineiros, que estão a proceder ao descasque das árvores com recurso a roçadoras, resultando na interrupção do curso dos nutrientes necessários à sobrevivência das árvores”.

À RUM, o bracarense lembra que tinham sido ali plantadas árvores em 2018, por um grupo de voluntários, onde ele se inclui, um trabalho que diz estar “condenado, por uma atividade completamente infundamentada por parte da Câmara Municipal”.


No entanto, contactado pela RUM, o vereador do Ambiente, Altino Bessa, esclareceu que esta é uma responsabilidade da Junta de Freguesia, uma vez que essa competência foi delegada pela autarquia praticamente desde que a coligação Juntos por Braga chegou ao poder, em 2013. O responsável desafiou ainda o morador a denunciar o caso ao Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, uma vez que, de acordo com a informação revelada, em causa estão sobreiros, “que são árvores protegidas”. Bessa lembrou ainda que a autarquia tem apenas responsabilidade nos espaços verdes nas freguesias do centro urbano.

Pedro Pinheiro Augusto aponta duas ruas onde os jardineiros têm adotado esta prática: rua Luís António Verney e Rua Manuel Ferreira Capa, ambas em Nogueira.


Pedro Pinheiro Augusto diz-se “ofendido”, pelo trabalho de vários voluntários estar a ser tratar desta forma e pede que as pessoas em causa sejam “responsabilizadas”, bem como que se proceda à “substituição das árvores mortas por outras da mesma dimensão e qualidade”.

O bracarense denuncia ainda a inexistência de rega em vários jardins públicos da cidade, desde 2013.

“Institui-se em Braga uma prática de deixar morrer os jardins à sede. Começa a haver peladas, não temos vegetação e chegamos ao verão e temos uma ilha de calor”, lamentou.


Contactado pela RUM, o responsável pela área ambiental na União de Freguesias, Rui Ramos, adiantou que vai decorrer, esta quarta-feira, uma reunião com os técnicos da Câmara Municipal para avaliar o estado das árvores e apurar responsabilidades. A reunião servirá também para “definir um plano para resolver a situação e responsabilizar a empresa que faz a manutenção dos espaços”. “Em alguns locais têm sido relatados problemas com a rega, que não é da responsabilidade da junta, mas em articulação com os serviços municipais iremos verificar essa situação e tomar medidas, juntamente com o município”, afirmou.

Rui Ramos não adiantou se, caso se confirme a adoção de procedimentos incorretos, a empresa que foi contratar pela Junta será substituída e se as árvores serão substituídas, remetendo mais esclarecimentos para depois da reunião. 

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