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Nuno Gonçalves
Liliana Oliveira

Academia 11.08.2020 07H02

"Pousadas e hostels não suprimem necessidades dos estudantes"

Escrito por Liliana Oliveira
Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho considera que proposta do Governo "é uma solução instável".
Presidente da AAUM, Rui Oliveira, manifesta preocupação com o alojamento para estudantes da UMinho no próximo ano lectivo

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O presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) considera que a proposta apresentada pelo Governo de acolher estudantes universitários em pousadas da juventude e em hostels, no próximo ano lectivo, “é uma solução instável”. “Estas soluções dependem de outros parceiros e não suprimem realmente as necessidades dos nossos estudantes, principalmente quando falamos de médio/longo prazo, porque as pousadas não têm essa vocação”, apontou Rui Oliveira.


As residências estudantis vão perder cerca de 3.000 lugares em resultado das orientações da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que estabelecem um distanciamento de dois metros entre camas.

A esse propósito, o Governo anunciou recentemente a negociação com a Movijovem, para disponibilizar 500 camas.

Ainda sem dados sobre as camas que serão destinadas à academia minhota, o representante dos estudantes acredita que “o número não será exurbitante”.


"A última vez que Braga e Guimarães viram um aumento do número de camas foi há 20 anos"


“No próximo ano lectivo, o Ensino Superior vai começar com um défice de 2.500 camas em relação ao ano transacto. Não estamos a falar de um aumento de camas, mas de uma diminuição. Por isso, não posso dizer que chegam, porque se antes não chegavam agora ainda pior”, afirmou o presidente da AAUM. Na Universidade do Minho, o número de camas nas quatro residências universitárias vai reduzir em 130. De 1300 camas passam a estar disponíveis 1170 no próximo ano lectivo.


O alojamento universitário, acredita Rui Oliveira, deverá ser a pedra no sapato, no ano lectivo que se avizinha.

“É uma pena que o Estado não tenha conseguido arranjar soluções para as cidades de Braga e Guimarães, que a última vez que viram um aumento do número de camas foi há 20 anos. As autarquias, em parceria com a Universidade e a AAUM, têm encontrado algumas soluções, mas que dependem da tutela”, apontou.


A AAUM lançou um inquérito para recolher sugestões e ideias dos alunos sobre o funcionamento da Acção Social no próximo ano lectivo, uma vez que “a situação socioeconómica se alterou”. O objectivo, diz o representante dos estudantes, “é recolher dados para tomar as melhores decisões e cumprir um dos objectivos com que a direcção da Associação Académica se comprometeu, a de auscultar os estudantes para estar alinhada com as suas preocupações”.

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