Os programadores das salas de espetáculo querem que a limitação de horário das salas termine no próximo dia 3 de maio, data da quarta e última fase de desconfinamento. As salas podem reabrir no próximo dia 19 de Abril mas são obrigadas a fechar às 22 horas nos dias úteis e às 13 horas ao fim-de-semana, não havendo ainda data conhecida para o alívio da restrição.

"Aquilo que pedimos ao Governo e às autoridades competentes é que o critério dos equipamentos culturais seja o mesmo dos restaurantes", explica à RUM o porta-voz da Associação Profissional de Programadores Culturais, Rui Ângelo Araújo, lembrando que a restauração, a partir de 3 de maio, pode funcionar sem limitação de horário.

Apesar de a Inspeção-Geral das Atividades Culturais (IGAC) ter anunciado ontem que "os horários da restauração e das salas de espetáculos têm sido sempre semelhantes", Rui Ângelo Araújo assinala que não ainda é tácito que esse acompanhamento de horário aconteça a partir do dia 3 de maio, lamentando que a restrição atinja os teatros, que considera serem "espaços seguros".

"Tivemos consciência, pela experiência do último ano, que os teatros são dos lugares mais seguros porque as pessoas estão sempre de máscara e existe distanciamento físico. Não queremos pressionar [o Governo] mas parece-nos lógico que, se o plano de desconfinamento avançar conforme previsto, os teatros têm de ter alívio nas restrições", aponta.

O responsável e também programador do Teatro de Vila Real entende, pela sua experiência numa cidade do interior, que a limitação de encerramento às 22 horas à semana e às 13 horas ao fim-de-semana torna pouco "viável" a realização de espetáculos porque "as pessoas estão a sair dos seus trabalhos e têm dificuldade em deslocar-se".