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Tiago Barquinha

Regional 17.01.2022 16H57

“Se não invertermos a trajetória, as infeções bacterianas serão a principal causa de morte”

Escrito por Tiago Barquinha
O alerta é da diretora do serviço de Infeciologia do Hospital de Braga, com base nas previsões da Organização Mundial da Saúde.
Ana Cláudia Carvalho no programa 'A Saúde Tem Voz'.

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As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no planeta. No entanto, esse cenário pode ser alterado nos próximos anos.


Baseando-se nas previsões da Organização Mundial da Saúde, a diretora do serviço de Infeciologia do Hospital de Braga alerta que, até 2050, “as infeções por bactérias multirresistentes serão a principal causa de morte". Ana Cláudia Carvalho enaltece que “a resistência das bactérias aos antibióticos já é um problemas real”. “Existem infeções em que são identificadas bactérias para as quais não há opções de tratamento”, alerta.


À imagem do que acontece no resto do país, o Hospital de Braga trabalha com base no PAPA - Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica. A infeciologista explica que é necessário gerir a utilização deste tipo de medicamentos, já que o seu uso numa situação "não indicada" pode resultar num "imenso prejuízo”. 


“Nós temos muitas bactérias no organismo, até mais do que células. Uma toma única que seja vai alterar imenso essa flora. O risco de ter uma infeção aumenta e estamos a ensinar as bactérias a tornarem-se mais resistentes”, argumenta.


A doença mais abordada nos últimos dois anos tem sido a Covid-19. À imagem da gripe, este é um dos casos em que não se deve usar, já que “os vírus são completamente imunes à ação do antibiótico”.

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