As comemorações dos 141 anos da Sociedade Martins Sarmento vão ser marcadas por um colóquio sobre a independência do Brasil e pela exposição do retrato do Conselheiro João Baptista Felgueiras, da autoria de Auguste Roquemont. O evento decorre este sábado na instituição cultural da cidade de Guimarães.

A conferência dada pelo professor de História do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, José Manuel Lopes Cordeiro, intitula-se ‘Foi a independência do Brasil uma consequência da revolução de 1820?’ e acontece às 16h30. A iniciativa pretende marcar o bicentenário da efeméride, analisando o contexto em que se desenrolou.

O quadro de Auguste Roquemont é apresentado ao público no mesmo dia. Antero Ferreira, diretor da Sociedade Sarmento Martins, explica à RUM que a obra lembra "uma importante figura histórica vimaranense ligada ao liberalismo". A pintura foi, recentemente, objeto de restauro e já foi entregue à instituição. Os tratamentos efetuados na peça foram a fixação da camada pictórica e a limpeza da tela.

Segundo Antero Ferreira, a instituição nasceu com o objetivo de promover a instrução popular, com foco na criação de escolas e desenvolvimento educativo. Atualmente, a missão da entidade expandiu-se, abrangendo áreas como história e arqueologia. "Hoje em dia a Sociedade Martins Sarmento tem à sua guarda duas estações arqueológicas importantes, dois museus, uma biblioteca e mantém uma atividade constante ao nível de exposições, de conferências e publicações", acrescenta.

Até ao final do ano, a Sociedade Sarmento Martins vai organizar várias atividades associadas à comemoração do Dia da Floresta Autóctone, a 23 de novembro, mas também uma feira do livro, onde será apresentada uma obra fundadora da historiografia de Guimarães, da autoria de José Meira.

*Escrito por Inês Batista