A passagem do BRT no campus de Gualtar poderá ser enterrada tendo em vista a ligação ao Hospital de Braga. No contra-relógio para o arranque da obra da linha vermelha, a comissão de acompanhamento nomeada pelo ainda reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, terá sugerido o estudo de uma passagem enterrada que minimizaria o impacto visual no campus universitário. A possibilidade foi mencionada em entrevista à RUM por Pedro Arezes, eleito reitor da academia minhota há uma semana.

Segundo o professor catedrático, a solução a equacionar pela comissão de acompanhamento "poderá minimizar o impacto no atravessamento do campus, havendo agora a possibilidade de ser um atravessamento enterrado". "Ainda que não seja um metro convencional em que passa por túnel escavado alguns metros e seja uma solução mais simples, quase tapar a passagem, se preservarmos aquela zona como uma zona verde, as lajes que a protegem podem ser lajes aliviadas", explica.

Pedro Arezes admite que se trata de uma hipótese "mais apetecível" até pelo facto de a UMinho ter um plano de revitalização naquela zona tendo em vista o desenvolvimento estratégico do campus de Gualtar.

A primeira solução apresentada pela empresa Transportes Urbanos de Braga, que implicava o atravessamento pela zona central do campus foi desde logo rejeitada pela instituição de ensino superior minhota na primeira abordagem. Pedro Arezes reconhece que a atual reitoria liderada por Rui Vieira de Castro tomou a decisão "correta" ao optar pela passagem do BRT na lateral. "Estou convencido que é uma melhor solução preservar a habitabilidade da zona central do campus de Gualtar", finaliza.

A linha vermelha do BRT, que ligará a Estação da CP ao Hospital de Braga, vai atravessar o interior do campus de Gualtar da Universidade do Minho, mas com o acesso a acontecer já depois da entrada lateral do campus, percorrendo o monte ali existente até à rotunda junto à Escola de Medicina.

A tomada de posse da nova reitoria da Universidade do Minho está agendada para dia 3 de dezembro no Salão Medieval da Reitoria, no Largo do Paço, em Braga.

A Associação Académica da Universidade do Minho também já se tinha manifestado quanto à passagem do BRT no campus de Gualtar.