ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

DR
Vanessa Batista

Academia 04.02.2020 11H42

UMinho desenvolve imunoterapia para combater cancro da bexiga

Escrito por Vanessa Batista
O cancro da bexiga apresenta uma taxa de reincidência superior a 50%. Sendo o quarto mais frequente em Portugal. 

A Escola de Medicina da Universidade do Minho e o ICVS - Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde  estão a desenvolver um novo tratamento para o cancro da bexiga. Actualmente, é já o quarto tumor mais frequente em Portugal e 10º a nível mundial, tendo maior incidência no sexo masculino. Em termos de custos para os sistemas de saúde é o que tem mais impacto, sendo que tem uma taxa de reincidência superior a 50%.


Neste Dia Mundial do Cancro, a RUM conversou com a investigadora Julieta Afonso, responsável pelo desenvolvimento de um tratamento baseado em imunoterapia. Um trabalho que já saiu na Nature Reviews Urology. 


Neste momento a responsável adianta que as "taxas de resposta são baixas" e, por isso, é essencial encontrar mecanismos que permitam intensificar as respostas à imunoterapia. "A nossa ideia de trabalho consiste em utilizar o metabolismo da glicose, que é a principal fonte de energia das células malignas e das células do nosso sistema imunitário, para potenciar a resposta da imunoterapia", explica. 


Ora, o trabalho dos investigadores tem como objectivo "inibir as vias metabólicas da glicose nas células malignas de modo a que as células do sistema imunitário consigam combater o tumor com a ajuda da imunoterapia". Sem esta intervenção, as células malignas, como são mais agressivas, acabam por facilmente vencer a competição pela glicose. A referida técnica resultou na atribuição do prémio Nobel da Medicina, em 2018, a James Patrick Allison e a Tasuku Honjo


Em 65% dos casos os tumores diagnosticados são superficiais e facilmente detectáveis. No entanto, cerca de 30% dos casos são originalmente invasores. Julieta Afonso sublinha que estes são os casos "mais preocupantes", uma vez que a taxa de sobrevivência, a cinco anos, não ultrapassa os 5%.







Deixa-nos uma mensagem