Combater as desigualdades através da capacitação digital de mulheres migrantes é a meta do projeto europeu “Include Her”. O trabalho que terá a duração de dois anos é financiado pelo programa Erasmus+ da Comissão Europeia.

O projeto é cordenado pela Universidade Johannes Gutenberg de Mainz, na Alemanha, mas conta com a participação, em Portugal, da Universidade do Minho, a European Universities Continuing Education Network (Bélgica), a Momentum Marketing Services Limited (Irlanda), a Canice Consulting Limited (Reino Unido) e Melissa Diktyo Metanastrion Stin Ellada (Grécia).

À RUM o pró-reitor da UMinho para os Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica, Manuel João Costa, explica que os défices em competências digitais estão comprovados, logo o "Include HER" pretende mitigar este facto e, simultaneamente, contribuir para uma melhor inclusão destas mulheres quer nas academias como na sociedade.

O projeto está ainda na sua primeira fase de desenvolvimento que consiste na realização de entrevistas para a produção de um instrumento que irá fazer "um diagnóstico dos pontos fortes e fracos" de cada utilizador. Segue-se a auscultação de docentes do ensino superior, de modo a "identificar recursos abertos que estarão na base dos cursos", que compõem a última fase do "Include HER".

De acordo com o pró-reitor da UMinho, esta será uma plataforma de "acesso aberto e massivo". Este sistema será disponibilizado de forma gratuita.

O projeto já organizou um fórum online com mulheres migrantes de 13 países distintos. As competências digitais, experiência de utilização, assim como os impactos da covid-19 na situação laboral destas mulheres foram alguns dos temas abordados na sessão que permitiu aos promotores do projeto perspectivar novos impulsos para a conceção das ferramentas e recursos para potenciar a formação das mulheres migrantes. 

O “Include Her” permitirá ainda que instituições de ensino superior melhorem a oferta educativa para este público por via de ações continuadas e regulares.