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Miguel Lopes/ Lusa
Liliana Oliveira

Academia 28.10.2025 10H39

Universitários voltam à rua para contestar aumento da propina

Escrito por Liliana Oliveira
Conselho de Associações Académicas Portuguesas concentra-se, esta tarde, em Lisboa, numa ação que culmina em frente à Assembleia da República, onde será votado o OE 2026.

O Conselho de Associações Académicas Portuguesas manifesta-se hoje, em Lisboa, contra o aumento das propinas. O grupo, onde se insere a Associação Académica da Universidade do Minho, aproveita o último dia de debate do Orçamento do Estado para 2026 para apelar ao Governo que não descongele as propinas, mas que congele a desigualdade.


A AAUMinho é uma das associações que se junta ao protesto desta tarde. 

O presidente da estrutura estudantil minhota, Luís Guedes, já havia dito que este "é um passo no sentido oposto ao que se devia estar a seguir". "Vemos os custos do alojamento aumentar, quebra nas candidaturas e nas colocações e, em tempos de instabilidade, indexar o valor da propina à taxa de inflação não me parece sensato, nem adequado”, afirmou o representante dos estudantes minhotos. 


O movimento estudantil defende que “qualquer aumento do valor das propinas, mesmo que aparentemente reduzido, representa um mau sinal para o país e uma barreira adicional, afastando o país do objetivo constitucional de garantir o acesso universal à educação do pré-escolar ao superior”.

Para os estudantes, “o aumento do teto máximo das propinas é um sinal político preocupante”. “Esta alteração abre a porta para que, no futuro, as instituições possam aumentar progressivamente os valores cobrados, caminhando em sentido inverso ao consagrado na Constituição da República Portuguesa, no artigo 74.º ‘e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino’”, dizem em comunicado.


Já o ministro da Educação, Ciência e Inovação não compreende a prioridade dada à redução das propinas pelas associações de estudantes. Fernando Alexandre considera que os alunos deveriam “lutar por aquilo que verdadeiramente importa, que é a ação social, que é garantir que qualquer estudante tem o apoio financeiro necessário para poder frequentar o ensino superior”. Para o governante, a discussão sobre as propinas e descongelamento “é um assunto encerrado”.

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