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FOTO:NUNO GONÇALVES             
Elsa Moura

Academia 11.10.2016 20H18

Alunos da UMinho unidos contra preço da senha de cantina

Escrito por Elsa Moura
Grupo de estudantes organizou duas reuniões (Azurém e Gualtar) para discutir ideias e lutar contra o aumento de 15 cêntimos imposto em Outubro.

Foram perto de três dezenas os alunos que esta terça-feira à tarde compareceram às reuniões organizadas por um grupo de estudantes de diferentes cursos que contestam o aumento de 15 cêntimos que entrou em vigor no início do mês de Outubro na Universidade do Minho. Os encontros decorreram em simultâneo nos campi de Gualtar e de Azurém. 

O preço da senha de cantina estava fixado nos 2.50 euros mas sofreu um aumento de 15 cêntimos  que aconteceu tendo em conta que o preço é indexado ao valor do salário mínimo nacional. Ainda assim, a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) diz estar a tentar encontrar soluções junto dos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) e da Reitoria, para que voltem atrás no preço da senha.

O presidente da Associação Académica da Universidade do Minho participou na reunião desta terça-feira, no campus de Gualtar para assegurar aos estudantes que a direcção está a trabalhar em defesa dos alunos da UMinho e que em breve deverá formalizar uma nova proposta na tentativa de chegar a um acordo com os responsáveis da instituição de Ensino Superior.

Em declarações à RUM no final do encontro, Bruno Alcaide explicou que a AAUM "fez sempre o trabalho de sensibilização e de apresentação de propostas alternativas nomeadamente no Conselho de Acção Social". O presidente da AAUM assegura que "em cima da mesa estão várias possibilidades", mas explica, ainda assim, que a decisão "não passa só pelo papel da AAUM", mas sim "de uma tomada de decisão mais política da parte do reitor da UMinho e do Administrador dos Serviços de Acção Social".


Bruno Alcaide acrescentou à RUM que, por enquanto, ainda não pode garantir o que vai acontecer, mas reconheceu que os estudantes não podem continuar a ser prejudicados com sucessivos aumentos. "Não podemos dizer efectivamente qual será a medida a propôr, se esta posição do aumento das senhas de cantina será revertida totalmente ou só em parte. Encontramo-nos a fazer o nosso trabalho de sensibilização e de procura de uma alternativa para esta realidade que vem onerar os estudantes e que face à realidade têm sido sempre onerados com cada vez mais custos no Ensino Superior", disse. O representante máximo dos estudantes da academia minhota acrescentou que  o preço "das senhas de cantina representam uma diferença na realidade do dia a dia dos estudantes", com o qual a direcção da AAUM "se opõe".


Na reunião que aconteceu no campus de Azurém foram menos de uma dezena os estudantes que participaram. Ainda assim, no final, a certeza de que os alunos estão unidos em torno da questão, como disse à RUM Catarina Sousa, uma das alunas descontentes. Para a estudante de Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial, os alunos exigem que o preço da senha "volte aos 2.50 como estava no início do ano", recordando que no ano passado "aumentou cinco cêntimos", agora 15 cêntimos, temendo que possa ser um acto recorrente nos próximos anos. Catarina Sousa alertou que se está a seguir um caminho em que "comer na cantina deixa de compensar aos alunos". Além disso, avisa: "é um grande gasto para os alunos que vivem nas residências e almoçam e jantam. Ao final de um ano é muito dinheiro e faz toda a diferença para quem está aqui e tem mais dificuldades", rematou.


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