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Fotografia: Nélson Garrido             
Elsa Moura

Regional 09.11.2015 18H02

Aprovada cedência da inacabada piscina olímpica ao SCB

Escrito por Elsa Moura
O SCB vai poder concretizar a segunda fase do projecto Academia. Trata-se de uma cedência por 40 anos aprovada esta manhã em sede de reunião de câmara do executivo bracarense.

A Câmara Municipal de Braga aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, a cedência da inacabada piscina olímpica ao SCB para a criação do pavilhão multiusos, inserido no projecto Academia SCB.

O ponto de partida aconteceu na última Assembleia Municipal de Braga, através de uma moção de defesa - apresentada pela bancada parlamentar da CDU - da inclusão da piscina olímpica, por 40 anos, ao SCB.

Hoje, depois da aprovação por unanimidade, Carlos Almeida, vereador comunista, elogiou todo o processo de negociação.

Em declarações aos jornalistas no final da reunião de câmara, o vereador frisou que assim “o município não vai investir qualquer cêntimo, vê o problema resolvido, vê requalificada a zona e ainda tem como contra-partidas a utilização de um espaço polivalente, a existência de um gabinete associado ao pelouro do desporto do município, e a garantia de usufruto público do circuito de manutenção que irá ser executado em torno dos campos de futebol”.

Também Ricardo Rio, presidente da autarquia, lembrou as contrapartidas desta cedência para o município. “A CMB salvaguarda alguma utilização do próprio edifício, garante que os espaços adjacentes à academia sejam de fruição pública e consegue, como todos desejamos, rentabilizar este mesmo equipamento para no prazo de três anos poder vir a constituir uma referência no plano do desporto e da regeneração urbanística daquela zona”.

De resto, o SCB vai passar a assumir a gestão integral do tratamento dos relvados do Estádio Municipal.

O autarca bracarense não desperdiçou a oportunidade de voltar a criticar o anterior executivo liderado por Mesquita Machado. “Foi um bom exemplo de como noutros tempos se desbaratavam recursos no nosso concelho. Foi um projecto que logo à cabeça tinha um orçamento estimado de 25 milhões de euros, do qual a câmara avançou para um investimento realizado aos 8 milhões de euros que sustentam aquela estrutura de betão que está ao abandono junto ao estádio municipal”, atirou.


Já do lado da vereação socialista, Hugo Pires optou por considerar que a solução de hoje “resolve um problema” e “cria um novo equipamento desportivo”, afastando a ideia de que o arranque da piscina olímpica tenha sido uma decisão negativa do anterior executivo. “O início do projecto não foi um erro. O início do projecto foi pensado numa determinada conjuntura económica e em que havia fundos comunitários para financiar equipamentos desportivos”, começou por esclarecer o socialista, acrescentando que a culpa, na altura, foi do governo central que “deixou de ter como opção financiar equipamentos desportivos com fundos comunitários”, obrigando a autarquia a parar a obra por falta de dinheiro.


Recorde-se que a piscina olímpica dará lugar a um pavilhão multiusos e todas as obras ficarão à responsabilidade do SCB.

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