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Liliana Oliveira

Academia 21.02.2019 10H59

Bioengenharia e a arte de receber refugiados no PubhD

Escrito por Liliana Oliveira
Sessão decorre esta noite, pelas 21h15, no Barhaus. Catarina Moura e Maria João Faria são as protagonistas do PubhD desta quinta-feira. 
Alexandra Nobre adianta pormenores sobre as investigações desta sessão do Pubhd

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O PubhD UMinho retoma o encontro com o público de Braga, hoje, com a participação de duas investigadoras, uma da área de bioengenharia e outra da área da educação de adultos e intervenção comunitária.


Catarina Moura é a prova de que o PubhD não se limita às fronteiras da UMinho, uma vez que se doutorou em bioengenharia, engenharia dos tecidos e microscopia, na Universidade de Southampton.

O trabalho de Catarina baseia-se em “criar uma nova técnica de imagem que pudesse contribuir para a monitorização e controle de ossos e cartilagens em crescimento e regeneração”, explicou Alexandra Nobre, do PubhD.

“Quando uma pessoa parte um osso por vezes demora muito tempo até que o osso e a cartilagem voltem a sua função normal”, acrescenta Catarina.

A tarefa mostrou-se complexa, mas a combinação de conhecimentos em química, física e medicina resultou num novo sistema de imagem que permite visualizar o crescimento dos tecidos sem que as células se alterem ou morram.


Já Maria João Faria, que se especializou em Educação de Adultos e Intervenção Comunitária, no Instituto de Educação da Universidade do Minho, foi a primeira mestre em Portugal a trabalhar com refugiados.

“Ligada a muitos públicos, desde lares de terceira idade ou vítimas de maus-tratos, a Maria João é a primeira a trabalhar com os refugiados no sentido de integração de famílias, com adultos e crianças, através de estratégias forma inovadoras”, detalhou Alexandra Nobre.


Foram promovidas diversas atividades, desde visitas guiadas a cidades portuguesas, a audição de música portuguesa, a experimentação da gastronomia nacional e, claro, a aprendizagem de português. Como resultado verificou-se que cada um dos membros das famílias envolvidas no projeto evidenciaram conhecimento adquirido sobre a realidade sócio cultural portuguesa.

“Integrar à boa maneira portuguesa ” é o mote para a conversa com a investigadora da UMinho, que considera que “o projeto IntegrArte contribuiu para uma melhoria da qualidade de vida destas famílias pelo facto de trabalhar a inclusão das mesmas com um acompanhamento quase diário”. O objetivos, realça Maria João, passa por “dar a conhecer a pessoas e entidades a situação dos refugiados, alargando desta forma a onda de entreajuda e compreensão relativamente a este público”.


Quanto ao PubhD, Alexandra Nobre considera o conceito “inovador”, que atrai “cada vez mais pessoas às sessões”. “O vereador ligado à Educação e Investigação Cientifica da Câmara de Viana do Castelo está interessado em levar a ideia para Viana. No próximo mês já vai haver”, avançou Alexandra, relembrando que o PubhD Porto surge na sequência da participação de “uma investigadora no do Minho, que gostou tanto que passado um mês estava a organizar no Porto”. “É mesmo muito gratificante, além de que a ciência começa a sair dos muros da universidade e começa a ganhar outros espaços, recorrendo a uma linguagem muito desconstruída”, finalizou.


O Barhaus recebe mais logo, pelas 21h15, mais uma edição do PubhD. Catarina Moura e Maria João Faria são as protagonistas de mais uma sessão com dois temas diferentes. Das 34 sessões, contam-se já 72 participantes, dos quais 42 são mulheres e 30 são homens. A entrada é gratuita.

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