O Município de Guimarães está a ponderar avançar, em breve, com o fecho do centro histórico aos fins de semana. A medida transitória e experimental, visto que a ambição da autarquia passa por pedonalizar todo o centro histórico da cidade berço, está prevista para os meses que se seguem ao período da Páscoa e até setembro, de modo a que a população possa usufruir em melhores condições deste espaço e das atividades dinamizadas ao nível, por exemplo, cultural. A informação foi avançada aos jornalistas pelo presidente Domingos Bragança no final da reunião do executivo desta segunda-feira.

Recorde-se que o executivo socialista tem previsto um projeto de pedonalização e cobertura do centro histórico. A ideia passa por criar uma espécie de "centro comercial ao ar livre", o que irá tornar o comércio tradicional mais atrativo. Esta medida irá abranger o Toural assim como a Alameda e a Rua de Santo António. 

O tema do comércio tradicional foi lançado pelo vereador do PSD, Bruno Fernandes, que denunciou o fecho de “quase um terço das lojas” no centro histórico, o que no entender da oposição demonstra a falta de estratégia do executivo para criar condições de atratividade para os comerciantes e empresas. 

O social democrata acusa a maioria socialista de “falta de energia”, "capacidade" e "vontade em fazer diferente". "Andamos a discutir a pedonalização e a cobertura há muitos anos, Depois de 12 anos desta maioria continuamos a discutir essa possibilidade", frisa. 

Questionado sobre os prazos para execução destas empreitadas, Domingos Bragança confessa que gostaria que os trabalhos tivessem início até ao final do seu mandato, em 2025.

"O projeto da Avenida D. João IV e o projeto da pedonalização, quer da Rua de Santo António, quer do Toural e da Alameda, estão a ficar prontos para lançar a obra a concurso", adianta.

O presidente anuncia também que os comerciantes já podem submeter candidaturas para ver atribuída a classificação do selo de ´Loja com história`.