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José Coelho / Lusa
Liliana Oliveira

Academia 03.07.2024 14H48

“Há investigadores perto da reforma que fizeram toda a carreira como precários”

Escrito por Liliana Oliveira
Em entrevista à RUM, esta quarta-feira, dia em que os profissionais da Ciência protestaram no Porto, o sindicalista lembra que “cerca de 90% dos investigadores são precários”.
Declarações de José Moreira, presidente do Sindicato do Ensino Superior

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“Há investigadores perto da reforma que fizeram toda a carreira profissional como precários”. As palavras de José Moreira, presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESUP), alertam para “o drama” que vivem alguns cientistas portugueses. Em entrevista à RUM, esta quarta-feira, dia em que os profissionais da Ciência protestaram no Porto, o sindicalista lembra que “cerca de 90% dos investigadores são precários”.


O Sindicato reconhece “que foram dados alguns passos nos últimos anos, como a passagem das bolsas a contratos de trabalho, o lançamento de um programa com um número significativo de lugares para investigadores, o FCT Tenure”, mas não são suficientes. “Vão abrir mil lugares, mas há mais de duas mil pessoas que estão a terminar o contrato a termo e o pedido que fizemos ao senhor ministro foi que os 1400 lugares fossem todos abertos este ano, no sentido de minimizar o problema”, explicou José Moreira. O presidente do SNESUP espera que, “entretanto, se comecem a negociar mais programas de inserção de investigadores nas carreiras científicas”.


“Esta situação, é insustentável para a vida das pessoas e para a qualidade de investigação que se faz no país”, acrescentou. Este é um “problema que está longe de estar resolvido” e, por isso, o Sindicato considera “é preciso continuar a dar passos”.


Neste momento, decorrem negociações com o ministério tutelado por Fernando Alexandre a propósito do estatuto da carreira científica, sendo a próxima no dia 24 de julho. Além disso, o Sindicato vai “pedir reuniões para negociação de outros problemas que afetam o ensino superior”. 

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