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Elsa Moura

Regional 15.03.2016 12H30

Oposição contesta renda que autarquia vai pagar à Diocese

Escrito por Elsa Moura
Vereadores da oposição criticaram ontem o contrato da autarquia com a Diocese para a ocupação do Pé a Lado, futura sede da União de Freguesias de S. Lázaro e S. João de Souto.

Em Braga, os vereadores da oposição criticam o contrato da câmara com a diocese que tem em vista a ocupação do Pé a Lado, junto ao edifício S. Geraldo.

Em causa o valor da renda a pagar para instalar a sede da União de freguesias de S. Lázaro e S. João do Souto: uma média de seis mil euros mensais ao longo de dez anos com opção de compra.

As obras ficam a cargo da diocese e estão incluídas na requalificação de todo o edifício. A disposição do interior do Pé a Lado foi projectada pelo município em conjunto com a união de freguesias.

Ontem, o vereador da CDU, Carlos Almeida, acusou o executivo de Ricardo Rio de “amadurismo” e “falta de lealdade”. Afirma que a autarquia está a tentar apresentar uma vantagem pública desta obra privada que tão contestada tem sido. O contrato promessa de arrendamento, aparece, na opinião do vereador, para que o município possa “acenar aos cidadãos com uma vantagem pública desta intervenção no S. Geraldo”. Para o comunista, a situação “é de um amadurismo e de uma falta de lealdade inqualificável”. De acordo com o vereador, o contrato promessa nem sequer vinha na documentação que é enviada previamente aos vereadores sempre que há reunião de câmara. Ora, o mesmo foi solicitado por Carlos Almeida e enviado já durante o fim-de-semana. Aliás, o vereador da CDU diz que o contrato promessa foi “feito completamente à pressa, na hora” e está “absolutamente convencido de que não existia”

Quem também votou contra a proposta foi o Partido Socialista. Liliana Rodrigues, porta-voz do partido na ausência de Hugo Pires também criticou o contrato. Refere que a ordem de valores é “despropositada”. Em dez anos a câmara pagaria 762 mil euros de renda. No final deste período de tempo, caso optasse pela compra, “pagaria 1 milhão 350 mil euros e só poderia descontar 40% do valor de rendas pago”.

Na resposta às críticas dos vereadores na oposição, o presidente da Câmara Municipal de Braga esclareceu que o projecto “vai ser integrado no esforço de reabilitação do S. Geraldo” e que o projecto interior foi articulado com a junta de freguesia. Outra das questões da oposição prende-se com o facto do referido edifício estar avaliado em cerca de 900 mil euros, mas, segundo, o Arcebispo de Braga será “completamente demolido”. A oposição não entende que o executivo possa concordar com essa avaliação. “Se até lá vai ser demolido ou não, confesso que não sei dizer”, apontou Ricardo Rio.

Assim que as novas instalações do Pé a Lado fiquem concluídas, a renda mensal no primeiro ano será de 5500 euros, passando para 6 mil no segundo. A partir do terceiro ano e até ao décimo, a renda a pagar será de 6500 euros com opção de compra.

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