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Daniel Vieira da Silva

Regional 09.06.2016 17H53

Renovação do gabinete de Ricardo Rio custou 76 mil euros

Escrito por Daniel Vieira da Silva
Entre os bens adquiridos estão cortinados, secretárias, cadeiras e cadeirões numa conta que ascende os 62 mil euros + IVA.

76 mil euros. Foi este o valor da factura final das obras de requalificação do renovado gabinete de Ricardo Rio na Câmara Municipal de Braga.


A substituição de todo o mobiliário, assim como o restauro de elementos do edifício e pintura integral do espaço está espelhado no ajuste directo feito à empresa “Casa do Passadiço” publicado a 17 de Maio, numa altura próxima da conclusão das obras.


Entre as despesas, destaque maior para os mais de 10 mil euros gastos em cortinados, uma secretária que ronda os 3500 euros, assim como os mais de 10 mil euros em cadeiras e cadeirões. Um valor que está a suscitar algumas críticas nas redes sociais.


A RUM já falou com o presidente do município, Ricardo Rio, que garantiu que não existiu qualquer tipo de opulência nesta remodelação. “Foram os valores necessários. Toda a mobília foi substituída, foi necessário fazer intervenções na caixilharia. Na mobília há um leque de inventário muito grande o que reduz o valor por peça. Não há qualquer tipo de opulência, não se gastou desmesuradamente, gastou-se o que tinha de ser gasto em função do que havia para ser feito”, explicou o edil.


O autarca aproveitou para explicar que o espaço “há vários anos que não tinha intervenção” e que já apresentava funções “obsoletas e pouco funcionais”. “Mais do que questões de natureza estética, estamos a falar de questões de funcionalidade e dignidade que estavam a ficar em causa”, sublinhou Ricardo Rio.

“Quanto ao valor do investimento, estamos a entrar numa discussão no campo da subjectividade e, aí, a Câmara achou que o investimento era necessário para o espaço que está em causa”, afirmou.


Esta é uma questão que será abordada no programa da RUM Praça do Município e que vai para o ar no próximo Domingo. Paula Nogueira, deputada na Assembleia Municipal pela Cidadania em Movimento, afirmou que esta despesa “deita por terra” muitos argumentos da autarquia. “Deita-se por terra o discurso do rigor, da sobriedade, de alguém que diz que não tem dinheiro para muita coisa, que se gaba de uma gestão municipal rigorosa e que, em 2014, falou numa situação de descalabro financeiro no município”, alertou Paula Nogueira que afirmou ainda que “35 a 40 mil euros já daria para uma remodelação jeitosa”.


A deputada vai mais longe e afirma que, segundo especialistas que ouviu, a empresa em causa “até nem tem grande tradição na área da decoração de interiores e design”. Uma afirmação desconsiderada por Ricardo Rio: “A Casa do Passadiço tem estado associada a remodelações em todo o tipo de espaços públicos e privados um pouco por todo o Mundo. Em Portugal já fizeram remodelações, no passado, no próprio Palácio de Belém e em vários municípios e a opção foi por esta empresa por uma questão de qualidade do serviço e não por qualquer outra questão”. 


Eis a lista de material que faz parte do caderno de encargos que prefaz um total de 62 mil euros (valor sem IVA):


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