Academia 06.06.2018 07H49
UMinho é primeira entidade portuguesa a integrar a rede IBM
Para breve fica a chegada de um computador quântico, ao campus de Gualtar, com 20qubit.
A Universidade do Minho escreveu uma importante página na sua história esta terça-feira, dia 5 de Junho. O consórcio QuantaLab, criado em 2016 pelo INL e a academia minhota, integrou dois novos parceiros - o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e o Centro de Engenharia e Desenvolvimento (CEIIA). A UMinho, juntamente com os seus parceiros, passou a integrar na IBM Q Network, uma rede colaborativa a nível mundial da qual fazem parte as principais empresas da Fortune 500. Deste modo, a Universidade do Minho passa a ser a primeira entidade portuguesa a constituir este grupo.
O professor e investigador Nuno Peres salientou a importância da computação quântica para a investigação sendo que os computadores ditos "normais" já não conseguem acompanhar o ritmo e necessidades destas pesquisas nas áreas da Física, Engenharia Informática e Matemática. Fruto desta fusão com a IBM, para breve fica a chegada de um computador com o sistema comercial 20 qubit, ao campus de Gualtar. Através do "QuantaHub (parceria com a IBM) parceiros académicos e industriais podem aproveitar o computador da IBM para desenvolver projectos de investigação comuns", acrescentou.
De acordo com as projecções, em 2020 a computação quântica vai ser o futuro tornando-se numa grande aposta para os estudantes. Nuno Peres frisa que esta área é uma "aventura" que só pode ser comparada ao surgimento da internet, período de desconhecimento total das suas funcionalidades.
Já o Reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, destacou no seu discurso o contexto de mudança acelerada que estamos a viver, e, por isso, "as instituições de ensino têm de escolher se preferem ficar à margem da inovação ou assumem riscos como este e participam no desenvolvimento". Na opinião do reitor, nesta matéria a UMinho tem sido historicamente proactiva.