40 mil refeições depois, “Virar a Página” pede apoio à Segurança Social
Em quatro meses o “Virar a Página” já confeccionou e distribuiu mais de 40 mil refeições a famílias que devido à pandemia de Covid-19 viram as suas condições de vida agravadas. Actualmente, o projecto já ajudou 100 pessoas a iniciar um novo capítulo nas suas vidas, ou seja, deixaram de necessitar do apoio do “Virar a Página”.
Segundo a directora do Colégio Luso Internacional de Braga, a iniciativa conta com 150 voluntários para distribuir 380 refeições, almoço e jantar. Por semana, são apoiadas 85 famílias bracarenses, sendo que ao fim-de-semana este número aumenta para aproximadamente 113 pessoas. Dados que estão em constante oscilação.
Esta quinta-feira ao final da manhã, a cantina social, que está provisoriamente instalada Centro Paroquial de Gualtar, foi visitada pelo director distrital da Segurança Social, João Ferreira, que aceitou o convite para conhecer as instalações do Virar a Página.
Para Helena Pina Vaz este é o momento das instituições públicas entrarem em cena, visto que o projecto necessita de mais apoios públicos para dar continuidade ao projecto. “Os privados não podem suportar estas soluções sozinhos”, alerta.
Neste momento, o “Virar a Página” já serve mais refeições que as cinco cantinas sociais protocoladas com a Segurança Social. Facto que demonstra a premência do projecto na cidade dos arcebispos.
“As pessoas estão com medo que a humanidade morra devido ao vírus, mas a humanidade vai morrer de fome”, declara Helena Pina Vaz.
Em declarações à Universitária, a responsável adiantou que continuam a aguardar por um lugar definitivo para instalar o “Virar a Página”. A missão está entregue à Câmara Municipal de Braga que ainda não encontrou uma solução para a sede do projecto.
O “Virar a Página” está sempre de portas abertas para receber donativos que podem ser monetários, de bens alimentares, livros escolares, peças de vestuário, electrodomésticos, entre outros.
