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Vanessa Batista

Academia 04.05.2021 07H00

80% dos docentes declara que ensino à distância agravou desigualdades

Escrito por Vanessa Batista
Alunos com necessidade de apoio pedagógico aumentaram em setembro, segundo quase 57% dos docentes.
Declarações à RUM do professor José Augusto Pacheco.

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80% dos professores considera que o ensino à distância agravou e contribuiu para as desigualdades entre alunos. Quase 57% revela que, em setembro, aumentaram o número de alunos que necessitaram de apoio pedagógico. Os dados são do estudo “Perceções dos professores sobre o ensino à distância”, concretizado pelo Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho.


O trabalho foi levado a cabo em dois momentos distintos, entre Março e Junho de 2020 e Setembro e Dezembro do mesmo ano. No total foram inquiridos 280 professores dos ensinos básico e secundário em Portugal.


Ouvido pela RUM o responsável José Augusto Pacheco garante que "no geral os docentes têm uma perceção bastante positiva sobre o ensino à distância, embora também reconheçam que existiram problemas relacionados com a falta de recursos", mais concretamente de computadores e ligações à internet.


Não restam dúvidas que o ensino à distância "criou desigualdades e contribuiu para a redução das aprendizagens", sobretudo no caso dos alunos que já necessitavam de apoio pedagógico e tinham carências de medidas educacionais inclusivas.


Quase 44% dos inquiridos discordam da adequação das medidas tomadas pelo Ministério da Educação. Quanto ao “Estudo em Casa”, defendem que foi "uma modalidade de ensino à distância bastante positiva", visto que ajudou os alunos a estarem em "contacto com as atividades escolares".


No entanto, os professores elencaram falhas nas escolas no que diz respeito ao distanciamento social, falta de divisão das turmas e/ou desfasamento de horários.


Mais de 40% dos docentes não acredita que a pandemia tenha contribuído para a valorização da profissão.


Neste momento, a equipa composta por José Carlos Morgado, Joana Sousa e Ila Beatriz Maia já está a trabalhar na continuidade do estudo, desta vez num contexto "mais alargado" e "interdisciplinar". Segundo José Pacheco, o objetivo passa por aprofundar algumas questões relacionados com o impacto do estudo à distância na aprendizagem dos alunos. 

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