A plataforma "Ensinar e Aprender Português" vai fazer parte do quotidiano de centenas de alunos do 1º e 2º anos de 90 municípios, entre eles Guimarães. Com o país a preparar-se para uma segunda vaga da pandemia de Covid-19, esta plataforma 'made in' Universidade do Minho vem apoiar o ensino presencial, à distância e misto.

O projecto nasceu no Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC) e no Centro de Investigação em Psicologia (CIPsi), e conta com a parceria do Plano Nacional de Leitura, do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar e da Investigare - Associação para a Investigação em Leitura, Escrita e Neurociências.

Fernanda Leopoldina Viana, uma das responsáveis do projecto, refere que a ideia a curto prazo é implementar a plataforma junto de alunos, também, do 3º e 4º anos.

A plataforma visa ajudar os estudantes a dar os primeiros passos na "compreensão oral, gramática, ortografia, leitura", entre outros. Além disso, conta com duas ferramentas suplementares que são "um passaporte de leitura e uma biblioteca de truques" que auxilia em questões relacionadas com as regras de ortografia e sintase.

Uma das metas desta plataforma, segundo adianta a investigadora, passa por promover a autonomia das crianças na hora de aprender, ou seja, "ensinar os alunos a pensar e a desenvolver estratégias para abordar as tarefas".

Todas as actividades realizadas na plataforma são gravadas e por isso o docente tem acesso ao histórico de cada aluno, o que permite perceber a evolução, assim como as maiores dificuldades na língua portuguesa. Durante o uso da plataforma as crianças são acompanhadas por tutores, personagens virtuais como 'Angelina Ensina' ou a 'Francisca Crítica', que "explicam o que fazer, porque se erra, se é melhor repetir a tarefa ou se se pode prosseguir na matéria”.

Cada exercício é um "desafio" e por cada etapa concluída com sucesso os alunos recebem estrelinhas. "Ensinar e Aprender Português" só estará disponível para estabelecimentos de ensino.