A pandemia e o apelo do diretor do serviço de oncologia do Hospital de Braga

O Diretor do Serviço de Oncologia do Hospital de Braga apela à população que não desvalorize sinais e que procure um médico sempre que considerar importante. A prevenção evita mortes e um diagnóstico precoce de qualquer tipo de cancro pode salvar muitas vidas.

Com a pandemia, o Hospital de Braga adaptou-se, mas nunca atrasou processos essenciais no acompanhamento de doentes. No dia Mundial da Luta Contra o Cancro, o diretor do serviço, Rui Nabiço realça o impacto do diagnóstico precoce e identifica uma redução de novos doentes diagnosticados a dar entrada no Hospital face a anos anteriores.

Lembrando que a doença oncológica tem uma taxa de mortalidade em todos os doentes de 100% se não forem tratados, o diretor do serviço de oncologia do Hospital de Braga explica que os cidadãos não devem ter receio ou adiar exames e contactos com um médico por causa da pandemia. “Tomem consciência que devem fazer exames de rastreio, procurar o médico para realização de exames numa fase precoce da doença e não desvalorizem sinais indicativos de que possa haver complicações. Quanto mais precocemente conseguirmos diagnosticar, melhores resultados temos em termos absolutos”, frisa.

O responsável assegura que nesta altura qualquer doente “é tratado da mesma maneira e com a máxima de segurança possível”, mas os profissionais de saúde temem que o receio dos cidadãos resulte num atraso do diagnóstico e, por consequência, no aumento da taxa de mortalidade por doença oncológica” nos próximos anos.

No ano de 2020, o Hospital de Braga viu diminuir o afluxo de doentes oncológicos à unidade mas, nos últimos três meses, “já se nota novamente um aumento do número de doentes” encaminhados para o serviço de oncologia, explica.

“NÃO HÁ ATRASOS NAS CONSULTAS NEM NOS TRATAMENTOS”

Com a pandemia, o serviço adaptou-se, não só com a criação de circuitos paralelos, assim como no rastreio frequente à covid 19 dos doentes em fase de tratamento. “Os doentes têm tido o acompanhamento exatamente igual, não há atrasos nas consultas, os doentes continuam a realizar os tratamentos”, esclarece Rui Nabiço.

Atualmente, o serviço de oncologia do Hospital de Braga realiza uma média de cinquenta a setenta tratamentos de doentes diários. Dentro do serviço de oncologia existe agora mais uma unidade autónoma de testes ao covid. O doente a realizar tratamentos é sujeito a esse teste “com grande regularidade”.

O diretor do serviço de oncologia afirma que nos últimos anos com o avanço da terapêutica e com programas de rastreio eficazes e diagnósticos precoces foi possível reduzir a taxa de mortalidade, mas vinca que para manter estes números é importante que os doentes recorram ao seu clínico assistente sempre que houver suspeita de algum tipo de problema.

“O covid mata 3 ou 4% dos doentes infectados, o cancro mata qualquer doente com um tumor que não seja diagnosticado e tratado de uma forma eficaz, vai morrer, seja novo ou seja velho. O máximo de atenção em termos de sintomas”, conclui em jeito de apelo.

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Elsa Moura
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