O diretor executivo da Agência Nacional de Inovação (ANI) considera que Portugal está "num ciclo de inovação e transformação da Economia e Sociedade" e destaca o contributo que a zona de Braga tem dado em termos de tecnologia e inovação.

João Mendes Borga participou na Tech Week - Hands on the future of Industry and Green Transition, uma semana dedicada à demonstração, disseminação e difusão de conhecimento e tecnologia, que arrancou esta terça-feira, no Instituto Ibérico de Nanotecnologia – INL. O evento passará por outras zonas do país ao longo desta semana, mas, esta terça-feira, debateu, em Braga, a indústria 4.0 e a transição verde, destacando a ligação das universidades às empresas.

"Há muita tecnologia madura para ser injetada nas nossas economias. Os ciclos de produtos novos são cada vez mais rápidos e somos sujeitos a mais tecnologia e isso reverte-se nas nossas economias", começou por afirmar, em entrevista à RUM. 

João Mendes Borga destacou a zona de Braga, onde "nasce tanta da inovação feita em Portugal". 

"A UMminho e as empresas envolventes são das mais inovadoras do país e são as universidades quem alimenta essa inovação, porque o conhecimento é criado nas universidades e transferido para as empresas, para termos uma inovação constante e sustentável, de uma forma tecnológica", frisou. 

A importância de instiuições de interface, como o DTX ou o Citeve, foi também realçada nesta sessão, que abordou a ligação das universidades às empresas. 

"Esta ligação não se faz sem alguém que perceba o que é trabalhar em colaboração e temos aqui algumas das melhores instituições de interface que existem a nivel nacional, há uma percenatgem bastante acima do normal", apontou o diretor da ANI.

João Mendes Borga fala de uma "ligação eficaz" e, nesse sentido, considera que "se alguém quiser saber o que se vai passar em inovação em Portugal, nos próximos anos, só tem que falar com as instituições de interface, que sao mais de 70, viradas para todos os setores". 

"Nesta Tech Week estamos a tentar reforçar a rede de instituições que ligam o conhecimento ao mercado, ou seja,  instituições de ensinos superior, laboratórios colaborativos, centros de investigação que desenvolvem inovação a partir do conhecimento e nem sempre essa inovação chega às empresas", explicou Diogo Gomes de Araújo, diretor de Capacitação do Agência Nacional de Inovação.

Foram ainda apresentados alguns projetos inovadores, desde "impressão 3D, até soluções digitais para a agricultura, saúde ou indústria, que podem ajudar as empresas portuguesas a serem mais competitivas e a criarem maior valor para a sociedade", ou seja, segundo Diogo Gomes de Araújo, o evento pretende "demonstrar que existe tecnologia de ponta e disruptiva que as empresas portuguesas podem e devem aproveitar".

A Tech Week arrancou esta terça-feira no INL, em Braga, passará por Torres Vedras, Porto e regressa a Braga, para encerrar a iniciativa no grupo Casais.