A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) pede mais tolerância aos docentes na marcação de trabalhos e exige a abertura da época especial a todos os alunos da instituição.

Num comunicado lançado ao início da noite desta quinta-feira, a Direcção liderada por Rui Oliveira sublinha as conquistas dos estudantes desde que o ensino à distância se impôs com o encerramento dos campi, mas pede mais à instituição e às entidades governativas. O representante dos estudantes explica que a 20 de Março 80% das Unidades Curriculares já acontecia via digital, mas "é preciso chegar rapidamente aos 100%". 

A sobrecarga horária é uma das queixas levantadas por alunos de diferentes cursos desde que começou o ensino à distância. "Pedir que a reitoria esteja mais atenta e um apelo aos professores para colaborar. Temos tido muitos pedidos por parte dos estudantes porque aumentou consideravelmente a carga de trabalho", sublinha. 

Além disso, refere, alguns alunos com dificuldade na internet no momento de realização de provas de avaliação devem comunicar a situação no imediato aos professores. "Notifiquem logo", defende o presidente da AAUM.

Sobre o eventual regresso aos campi ainda no presente ano lectivo, só na componente prática laboratorial e performativa e se todas as condições sanitárias se verificarem. "Apenas para momentos de avaliação obrigatórios", assim como exames de recurso e época especial. Ainda assim, sustenta, é preciso salvaguardar estudantes deslocados, estrangeiros e de grupos de risco. Rui Oliveira pede que se encontrem "soluções alternativas" para estes alunos.

No que respeita aos modelos de avaliação, "é preciso aumentar e diversificar sem que isso signifique uma sobrecarga de trabalho. "Mais, mas com menos conteúdo e mais espaçados", nota.

Ainda sobre as aulas práticas obrigatórias nos cursos, é preciso conhecer rapidamente quais são. O pedido é dirigido à A3ES.

A AAUM volta a pedir a abertura da época especial a todos os alunos da Universidade do Minho. Rui Oliveira salienta que se trata de uma decisão importante "para não prejudicar avaliações mais complicadas e a adaptação e falhas que existiram" no período de ensino à distância.

A articulação entre as instituições de ensino superior ganha uma nova importância nesta altura. A reivindicação da AAUM é que os alunos que se queiram candidatar a mestrado não sejam prejudicados com a alteração do calendário escolar. "Nenhum estudante pode ser impedido de tentar ingressar num mestrado de outra universidade por esta razão", explica.

Na longa lista de pedidos da Associação Académica da Universidade do Minho, Rui Oliveira apela à intensificação das reuniões de comissões de curso "para que os directores de curso oiçam com mais frequência os seus estudantes". "É um ponto fundamental e só assim vai correr bem. Temos casos de sucesso como a Escola de Educação", exemplifica.

A AAUM pede ainda a abolição da taxa de parque de estacionamento e das taxas de emolumentos. "Agora com o digital devem ser abolidos estes custos".

A redução progressiva do valor da propina é um dos pontos repetidos neste novo documento aprovado pela direcção da AAUM em reunião depois de auscultados todos os núcleos de estudantes nas últimas semanas. "O Ministro do Ensino Superior deve reduzir o valor da propina, independentemente do covid-19 ou não", aponta.  

Nesta altura, segundo Rui Oliveira, todos os alunos sinalizados com necessidade de equipamento informático têm já uma resposta assegurada por parte da instituição de ensino superior minhota.

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