AAUMinho lança campanha sobre emancipação dos jovens
“Portugal não tem capacidade para dar seguimento ao talento que gera”. A opinião é do presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) que, aos microfones da RUM, adiantou que a estrutura está agora a lançar uma campanha sobre a emancipação dos jovens portugueses.
Na noite desta terça-feira, em entrevista ao programa Campus Verbal, Rui Oliveira lamentou que no país um quarto dos trabalhadores tenha qualificações a mais para o emprego que tem e que os baixos salários e o elevado preço das casas resulte, na maioria dos casos, em permanências mais longas que o desejável na casa dos pais.
Identificando como um dos problemas em Portugal o facto de o mercado de trabalho “não reconhecer o talento gerado nas universidades portuguesas”, o representante máximo dos estudantes da academia minhota denuncia a falta de “oportunidades de trabalho que justifiquem o conhecimento adquirido ao longo do percurso universitário”.
Ainda assim, Rui Oliveira não acredita que estes indicadores menos positivos demovam os jovens de aceder ao ensino superior nos próximos anos. Por isso, frisa o estudante, a tutela e o mercado de trabalho precisam de “perceber que medidas é preciso tomar para responder ao talento gerado que não está a ser captado por Portugal”.
Os baixos salários, os vínculos precários e a não progressão nas carreiras são algumas das fragilidades com que os jovens qualificados se confrontam.
A primeira fase da campanha sobre emancipação lançada pela AAUMinho consistirá, por isso, numa auscultação destes problemas junto da comunidade académica. “Vamos recolher a perspetiva dos alunos, aquilo que sentem, nomeadamente na START POINT Summit, muito equadrada nesta área”, revelou o estudante.
A campanha decorrerá ao longo das próximas duas semanas culminando com a apresentação de soluções numa estratégia reivindicativa junto da tutela, do mundo empresarial e da sociedade em geral.
