Academia 27.10.2022 12H55
AAUMinho regista saldo negativo de 5 mil euros até setembro
A maior discrepância em relação à despesa prevista prende-se com a Gata na Saúde, que ficou cinco vezes mais cara.
A Associação Académica da Universidade do Minho gastou 2,508 milhões de euros no período entre janeiro e setembro. De acordo com o balanço intercalar da execução orçamental, apresentado, esta quarta-feira, no Auditório 1 do Campus de Gualtar, em sede de Reunião Geral de Alunos, o prejuízo foi de 5 mil euros, relacionando a receita e a despesa.
Nos primeiros nove meses do ano, a estrutura utilizou 41% das verbas previstas para este ano, cifradas em 4,246 milhões de euros. Uma das atividades que mais contribuiu para o saldo negativo foi a Gata na Saúde, iniciativa cujo objetivo é dar auxílio médico aos estudantes durante o Enterro da Gata. Devido à alteração do plano de segurança do Altice Forum Braga, ficou cinco vezes mais cara, chegando quase aos 23 mil euros.
A tesoureira-adjunta, Joana Fraga, explica que esta mudança, em comparação com a última edição, “obrigou a ter constantemente ambulâncias presentes, corpo de bombeiros, carro de fogo e médicos pagos por horas extraordinárias durante sete noites seguidas”. “Acabou por ser um valor que não estávamos à espera, mas foi um investimento útil para que ocorresse dentro de todas as medidas de segurança necessárias”, argumenta.
Cerca de um terço do orçamento executado até setembro, incluindo despesa e receita, relaciona-se com o Enterro da Gata, que não contempla a Gata na Saúde, visto que essa alínea insere-se no departamento Social. O lucro foi de 50 mil euros, acima dos 7 mil euros previstos.
Lembrando que o resultado desta parcela, em 2019, tinha sido negativo, o presidente da AAUMinho, Duarte Lopes, destaca que este tipo de receita “permite tomar decisões e contribuir para alguns investimentos”, dando como exemplos a construção da sede em Guimarães e “a manutenção do serviço de transportes a um preço bastante reduzido”.
CFJ dá parecer favorável; AAUMinho espera terminar mandato com balanço positivo
Perspetivando o resto do exercício, que termina no final do mandato, em janeiro, Joana Fraga acredita num “balanço final positivo” e esclarece que iniciativas como a Receção ao Caloiro e a Star Point Summit, cuja execução ainda não foi contabilizada, podem ajudar nesse sentido.
Como previsto, o Conselho Fiscal e Jurisdicional (CFJ) pronunciou-se sobre o balanço intercalar. O parecer foi favorável. Segundo o presidente José Diogo Soares, “a gestão de grande parte das atividades foi muito eficiente". Por outro lado, reconhece que “a despesa inesperada” da Gata na Saúde constituiu “um detalhe negativo”.
Ainda assim, garante que "o CFJ compreende os esclarecimentos dados pela direção”, acrescentando que o prejuízo, a nível global, era “expectável, tendo em conta o panorama atual, marcado pela inflação”.