A Associação Comercial de Braga (ACB) vê com bons olhos a ideia do Governo de destinar camas do alojamento local para acolher estudantes.

Na sequência das normas emanadas pela Direcção-Geral da Saúde, que determinam um distanciamento de dois metros entre camas, as residências universitárias vão perder 3000 camas e o Governo está a pensar em utilizar unidades de alojamento local - como pousadas e hostels -para mitigar esse impacto, as quais perderam grande parte da procura turística, em virtude da pandemia de Covid-19.

À RUM, o director-geral da ACB, Rui Marques, diz que a "solução é interessante", assinalando que "a tipologia habitual de alojamento para estudantes, com estas novas regras, será insuficiente, e o alojamento local, que actualmente passa um momento muito difícil, pode ter aqui uma oportunidade de atenuar as suas perdas". 

Em Braga, existem cerca de 300 unidades de alojamento local licenciadas. Face à diminuição de turistas na cidade, as unidades de alojamento local, revela Rui Marques, estão agora a voltar-se para "o arrendamento convencional, destinado a famílias". O responsável aponta que esse novo destino, aliado agora à solução das camas para estudantes, é uma "aposta que deve ser devidamente encarada pelos operadores".