Regional 14.07.2020 09H30
Administradora do Theatro Circo assume "percalços na tesouraria"
Relatório de contas de 2019, com saldo positivo de 4 mil euros.
A administradora do Theatro Circo assume que a empresa municipal está a ter "alguns percalços de tesouraria".
À margem da votação do relatório de contas de 2019, na reunião do executivo municipal, Cláudia Leite explicou que, nos "últimos meses, o Theatro não teve o fluxo normal de receita".
"Tínhamos algum dinheiro dos resultados positivos de anos anteriores e foi essa margem que nos permitiu fazer os investimentos, quer nos equipamentos quer em algumas infraestruturas no Theatro. Cumprimos o plano de investimentos quase na íntegra", disse ainda a administradora.
Cláudia Leite explicou também que a redução de bilheteira, em 2019, está relacionada com o facto do Theatro Circo ter estado encerrado em Agosto. "Tivemos 98 mil pessoas, se tivessemos tido programaçao nesse mês teríamos atingido valores de outros anos", acrescentou.
A responsável adiantou que a venda de cartões quadrilátero caiu. Em causa, acrescentou, estará "o que se passa nas outras cidades", uma vez que Braga continua a ser "a cidade que mais usa com frequência este tipo de cartão".
O vereador socialista, Artur Feio, apontou "graves problemas de tesouraria", frisando ainda a "diminuição dos serviços prestados, bem como o adiamento das responsabilidades, nomeadamente no que diz respeito à coordenação do gnration e à preparação para a Capital Europeia da Cultura".
Já Carlos Almeida, da CDU, assumiu que "é uma empresa municipal que tem prosseguido o seu principal objectivo, que é a prestação de um serviço público de cultura". "Entendemos que deve continuar dessa forma", disse o comunista.
O Theatro Circo fechou o ano de 2019 com um resultado positivo de cerca de quatro mil euros.
Recorde-se que no ano passado passaram cerca de 98 mil pessoas pelo Theatro, o que representa um decréscimo de 6% face a anos anteriores, algo justificado com o encerramento do espaço no mês de Agosto.