Depois de analisar "o panorama em que se encontra Braga", cidade onde reside há perto de 60 anos, Francisco Pimentel Torres aceitou o convite do partido ADN para encabeçar a lista à Câmara Municipal de Braga nas eleições autárquicas de 12 de outubro. 

Em entrevista à RUM, o empresário afirmou que será candidato independente com o apoio do partido e justificou a decisão com aquilo que considera ser o estado atual da cidade. "Pela qualidade dos candidatos e a maneira como Braga está a ser tratada. A cidade não tem acompanhado o crescimento que tem tido. Os anteriores executivos não tinham visão praticamente nenhuma e o candidato que se avizinha na sequência desta governação é mais do mesmo", afirmou.

Licenciado em Engenharia de Produção e Sistemas pela Universidade do Minho, Francisco Pimentel tem uma longa ligação à academia minhota. Presidiu à Associação dos Antigos Estudantes da UMinho, fundou o grupo "Pioneiros da Universidade do Minho" e integrou o Conselho Consultivo da instituição. O agora candidato traça um paralelismo entre Braga e Guimarães para criticar a forma como a universidade é tratada pela autarquia bracarense. "A câmara de Guimarães promove a parte da universidade que se encontra lá de um modo surpreendente. Em Braga, a universidade foi sempre ostracizada", disse, acrescentando que "o executivo camarário nunca prestou grande atenção à instituição". Admitiu ainda que fica "triste por ver a UMinho como mais um apêndice da cidade, em vez de ser um fator de desenvolvimento e um fator crucial para a afirmação de Braga".

Sem alimentar grandes expectativas em relação aos resultados das eleições que se realizam daqui a três meses, Francisco Pimentel reconhece que não há "muitas ilusões", mas acredita que o cenário eleitoral será muito disputado. "Ninguém vai ter maioria. Há muitos candidatos, alguns com valor e ideias para Braga", disse.

Francisco Pimentel Torres entra na corrida autárquica com uma certeza: "vai haver uma luta renhida entre quem vai ser o próximo presidente de câmara".