Regional 02.12.2020 11H10
Adolescere acolhe mais sete famílias de refugiados
São provenientes do Iraque, do Sudão e do Sudão do Sul.
A Adolescere recebeu 23 refugiados na última semana. Bebés, crianças, jovens e mulheres foram alojados em Braga, ao abrigo do programa ‘Acolher’, em colaboração com o Alto Comissariado para as Migrações e com a Organização Mundial para as Migrações.
As sete famílias chegam do Iraque, do Sudão e do Sudão do Sul, depois de uma outra, há mês e meio, ter ido para a cidade bracarense proveniente da Nigéria. Em comum, de acordo com a presidente da Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente, têm o facto de serem “famílias monoparentais femininas”.
“Não se fazem por acompanhar pelos maridos pelas mais diversas razões: ou separaram-se e não sabem uns dos outros ou os maridos foram assassinados na guerra”, refere.
As famílias estão em Braga desde quinta-feira. Apesar do primeiro impacto ser “positivo”, Carla Fernandes reconhece que tem sido “um bocadinho difícil para todas as partes”. Em contexto de pandemia, a responsável máxima da Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente explica que as autoridades de saúde recomendaram que "os refugiados ficassem 14 dias em casa por precaução”.
A presidente da Adolescere diz que “há algumas exigências que as mães fazem relacionadas com os seus hábitos alimentares e a sua cultura”. “Quando pedem um determinado tipo de carne que não temos cá, é díficil responder a esse tipo de necessidades”, refere, garantindo, no entanto, que “não lhes tem faltado nada”.
No âmbito do programa ‘Acolher’, além destas oito famílias, a associação vai acolher mais duas na próxima semana e outras duas no início de 2021, provenientes da Nigéria e da Costa do Marfim. Em paralelo, noutro projecto, em parceria com o Alto Comissariado para as Migrações, a associação pretende receber a curto-prazo 25 crianças e jovens.