ºC, Braga
Braga

Max º Min º

Guimarães

Max º Min º

CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA
Elsa Moura

Regional 01.04.2021 13H34

AEBraga e AEMinho. Duas associações com uma missão semelhante

Escrito por Elsa Moura
De um dia para o outro, os empresários de Braga passam a contar com duas associações que querem responder ao desaparecimento da AIMinho. 

A 10 de março de 2021, e depois de um "amplo debate interno nos últimos dois anos, a Associação Comercial de Braga (ACB) anunciou que vai mudar a sua designação para Associação Empresarial de Braga (AEBraga). Em causa “as mudanças do mundo empresarial” e a vontade da ACB em representar “todos os empresários da região”, do comércio à indústria, passando pela construção, setor agroalimentar, turismo, serviços, entre outros. Poucas semanas depois é lançada a AEMinho, com objetivos idênticos.


A direção da ACB revelou há poucas semanas, em conferência de imprensa, que já estava a preparar a criação de novas parcerias estratégicas com entidades da envolvente empresarial, universidades, centros tecnológicos, associações setoriais e redes de cooperação empresarial a nível nacional e internacional. A futuramente designada AEBraga contará também com um conselho estratégico e o próprio presidente assumiu que a extinção da AIMinho foi determinante para este passo: "Os empresários ficaram sem representação e por isso sugeriram também uma “designação mais integradora”. Domingos Macedo Barbosa afirmava que “fazia falta a Braga essa representação”.


Poucas semanas depois, surge a Associação Empresarial do Minho (AEMinho), presidida por Ricardo Costa, empresário bracarense que sustenta o lançamento desta nova associação com a “necessidade de promoção e defesa da iniciativa empresarial como vetor essencial do desenvolvimento económico, social e cultural da região do Minho, reforçando a sua competitividade e resiliência”. Uma das diferenças entre as duas associações está no facto de a AEMinho pretender dar resposta aos dois distritos: Braga e Viana do Castelo.


A Associação Empresarial do Minho conta já com um painel de 25 empresários envolvidos na promoção de áreas como Tecnologia (da eletrónica à segurança), Ambiente (da Água e Energia à Floresta), Equipamentos (Metalomecânica), Construção, Moda (do Têxtil ao Calçado), Turismo (da hotelaria à restauração), Automóvel, Energia e Agroalimentar.


“Pretende-se que a AEMinho seja representativa da região em termos geográficos, sectoriais e económicos”. “A estreita colaboração com instituições de ensino e de investigação da região, assim como a contribuição ativa para a captação e fixação de talentos na região são também pilares relevantes”, lê-se na nota enviada à RUM.


A AEMinho, que terá como sede o novo edifício do Instituto Politécnico do Cávado e do AVE, em Braga vai segundo o seu presidente, Ricardo Costa, “identificar lacunas no mercado e fomentar a participação ativa do tecido empresarial na resposta a essas lacunas”.


No início da semana, em entrevista ao jornal de negócios, Ricardo Costa reiterou que a associação que agora preside surge para “ocupar o espaço” deixado pela falida AIMinho, mas “com uma visão e objetivos estratégicos diferentes”, ajudando as empresas da região a captar os fundos do PRR.


Autarca de Braga, Ricardo Rio considera que o surgimento de duas estruturas semelhantes demonstra a vitalidade empresarial do concelho e apela à colaboração, afastando lógicas concorrenciais.


O presidente da Câmara Municipal de Braga acredita que o surgimento em simultâneo da AEMinho e da AEBraga é apenas um sinal de "vitalidade da vida empresarial do concelho".

Questionado pela RUM, Ricardo Rio, referiu que a situação “não tem que ser sinónimo de enfraquecimento do poder de colaboração, articulação e reivindicação que estas associações devem ter no apoio aos agentes económicos”.


Assinalando que a posição do município será “equidistante”, garante que a autarquia estará “sempre disponível para colaborar com todas as estruturas que existirem”. Ainda assim, o autarca sugere que não entrem numa “lógica concorrencial, mas sim numa lógica de concertação e colaboração” para ajudar no apoio ao desenvolvimento económico do território.

Deixa-nos uma mensagem