A Associação de Futebol de Braga vai instalar uma central fotovoltaica de 30 KW, com cerca de 60 painéis solares, nos telhados da sede. O objetivo é reduzir os custos com a energia e dar o mote para que os clubes façam o mesmo.

O acordo firmado, esta terça-feira, com a ICEWATT, liderada pelo antigo presidente do Vitória SC, Júlio Mendes, e a Cleanwatts, prevê que quase metade do consumo atual de 32 MWh/ano desta entidade seja proveniente da central solar e o restante da rede elétrica.

De acordo com as estimativas, haverá um excedente de 29 MWh/ano em relação à energia produzida pela infraestrutura fotovoltaica. Esse valor vai permitir apoiar cerca de duas dezenas de famílias carenciadas, numa lógica de Comunidade de Energia Renovável. A expetativa é que a AF Braga gere mais 39% de energia verde do que consome atualmente e evite 12 toneladas equivalentes de dióxido de carbono por ano.

Outro dos pontos do contrato contempla a adição do nome da empresa ao do campeonato Pró-Nacional, tendo um custo estimado de 400 mil euros. Metade dessa quantia, em forma de crédito, será distribuída aos clubes que integram a prova.

AF Braga é a primeira associação a aderir

Lançando o repto aos associados, o presidente da AF Braga explica que “a Cleanwatt se responsabiliza por colocar os painéis nos clubes, sem custos, com seguro e licenças gratuitas, por um período de 15 anos”. Além de ajudar “a reduzir custos”, Manuel Machado salienta “a aposta na sustentabilidade ecológica”, considerando que o organismo que lidera deve ser “proativo” nesse domínio.

O vice-presidente e co-fundador da empresa Cleanwatts, José Basílio Simões, adianta que este é “o primeiro protocolo de sempre estabelecido com uma associação de futebol” e salienta a importância que pode ter para os clubes entrarem na Comunidade de Energia Renovável.

“Normalmente, os treinos são à noite e a energia solar é produzida durante o dia. No entanto, isto funciona como uma bateria: durante o dia, quando produzimos, podemos estar a vender essa energia à comunidade. O proveito que tiramos dessa partilha podemos usá-lo depois para pagar a energia que consumimos à noite”.