Regional 13.01.2021 17H22
Aida Alves diz que bibliotecas são "um serviço essencial" e não devem encerrar
Diretora garante que Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva não é um espaço de grande propagação vírica.
A diretora da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (BLCS), Aida Alves, considera que as bibliotecas são "um serviço essencial" e, por isso, não devem encerrar durante o novo confinamento.
A confirmação do encerramento está por instantes, já que está previsto que o Governo anuncie as medidas que vão acompanhar o recolhimento generalizado da população ainda esta tarde.
O pedido de Aida Alves vai ao encontro da tomada de posição da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação, que também se mostra contra o encerramento destes espeaços, apontando os livros e a leitura como uma ajuda para ultrapassar os "efeitos nefastos do isolamento".
"A biblioteca é uma estrutura de apoio à investigação, apoio ao estudo, apoio ao lazer. Acho que não devemos parar os serviços das bibliotecas, devemos continuar, pelo menos, a prestar um serviço essencial, que é o serviço de apoio à leitura", afirmou a diretora, lembrando que a BLCS "cobre um serviço de acesso à informação, aos livros e leitura, sendo que muitos utilizadores se servem também da internet".
Aida Alves garante que a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva reúne todas as condições de segurança e higiene, não sendo por isso "um espaço de grande propagação vírica".
Caso chegue do Governo a indicação para o encerramento das bibliotecas, Aida Alves pretende implementar o serviço de apoio à leitura domiciliária, tal como aconteceu no primeiro confinamento. "Na área de leitura podem fazer o pedido de agendamento prévio dos livros, para procedermos a uma organização e evitar grande afluência para o levantamento de livros". Os leitores podem requisitar até três livros durante três semanas. Depois disso, os livros são sujeitos a um período de quarentena até poderem voltar a ser requisitados.