AM aprova alteração do PDM e plano de urbanização das Sete Fontes

A Assembleia Municipal (AM) de Braga aprovou a alteração do PDM e o Plano de Urbanização das Sete Fontes, na noite desta segunda-feira, em reunião extraordinária. Apesar da votação em separado, os dois pontos foram discutidos em simultâneo.

A oposição, com destaque para a CDU e para o Bloco de Esquerda, prometeu acompanhar com atenção todo o processo que se segue, nomeadamente no que respeita às zonas de construção.

A CDU votou favoravelmente a proposta, mas alertou para o acompanhamento “particular” que deve ser dado no processo de construção nas pontas do ecoparque monumental. O deputado municipal Pedro Casinhas explicou que “as incertezas que ainda subsistem aumentam o receio de que isto conduza a uma maior conflitualidade, acabando por atrasar ainda mais a criação do parque e efetiva defesa do monumento”. A bancada comunista sublinhou ainda que “a cidade está longe de ver o parque ecomonumental concluído” e que o futuro parque das Sete Fontes “não vai satisfazer as necessidades de espaços verdes dos bracarenses”.


Já a deputada municipal Alexandra Vieira, do Bloco de Esquerda, aproveitou o momento para saudar o plano que foi votado, comprometendo-se a acompanhar de perto este longo processo. “É um passo em frente, mais ainda há muito a fazer e urge tornar o parque de usufruto público o mais depressa possível”, disse, comprometendo-se a acompanhar a execução deste “longo processo”.

PS considera que em oito anos a coligação de direita “fez muito pouco”

João Nogueira, do Partido Socialista (PS) acusou a coligação Juntos por Braga de em oito anos ter realizado uma pintura das mães de água e um projeto. 

Os socialistas manifestaram ainda preocupação com o número de vias previstas, sobretudo na zona de Gualtar. “Em oito anos o que se fez é muito pouco. Importa que rapidamente comecemos por melhorar e delinear o projeto, mas também dar-lhe execução”, explicou, acrescentando que a rede viária a construir no ecoparque, “pode ser no futuro uma pressão significativa para que amanhã tenha construção muito para além do que seria desejável”.

Ricardo Rio diz que os terrenos a comprar pela Câmara podem custar menos de um milhão e meio de euros

Por seu turno, o deputado municipal do PSD, João Marques, afirmou que a coligação Juntos por Braga soube atuar desde que chegou ao poder para que o parque ecomonumental das Sete Fontes se torne uma realidade ao serviço do concelho. “Braga catapulta-se para a dianteira nacional das cidades com os maiores parques verdes urbanos”, disse, referindo que o parque “é um ativo estratégico para a fixação da população, aumento da atratividade turística do concelho e para a sustentabilidade ambiental”.

Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio elogiou todos os envolvidos no processo desde o início. O social democrata recordou ainda um momento que partilhou com Mesquita Machado, em 2013, depois de vencer a câmara de Braga. “Num almoço, o Eng. Mesquita Machado disse-me para não fazer o parque das Sete Fontes porque custaria uma fortuna à Câmara. Hoje, tínhamos no orçamento para concretizar o parque menos de um milhão e meio de euros e a nossa expetativa é que nem isso nos venham a custar os terrenos que vamos obter na negociação com os proprietários privados”, afirmou.

A alteração ao PDM para as Sete Fontes foi aprovada com treze abstenções do Partido Socialista. Já o plano de urbanização foi aprovado por unanimidade.

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Elsa Moura
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