André Rocha. Aluno com melhor média ainda não tem carta mas já sonha com altos voos
“Ontem estava a descansar um pouco e recebi um telefonema… fiquei um bocado surpreendido porque não esperava esta notícia”. Foi assim que André Galvão Rocha soube que era o aluno da Universidade do Minho com melhor média de entrada.
Com 19,72, o jovem minhoto entrou em Engenharia Aerospacial, o curso do país que tem o último colocado com nota mais alta. “Muito feliz” pela proeza, lembra a exigência do ensino secundário, sobretudo na altura de preparar os exames de Matemática e Física e Química.
“Estive muito empenhado. Fazia um ou dois exames de anos anteriores durante a manhã e estudava mais um pouco durante a tarde”, contou aos jornalistas presentes no Campus de Azurém, em Guimarães, esta segunda-feira.
Ainda assim, refuta a tese de que “não é possível ter uma vida para além dos estudos”. “Sempre tive tempo para estudar, para ir ao ginásio e estar com os meus amigos”, acrescenta o aluno proveniente da Escola Secundária de Fafe.
André já pensa em voar para o estrangeiro e… voltar com outras bases
A opção por Engenharia Aeroespacial deriva do “gosto pela Matemática e Física e Química” e do facto de abrir “um grande leque de opções”, relacionadas com eletrónica, mecânica, tráfego aéreo e desenho de aeronaves.
Já a escolha da Universidade do Minho – colocou as universidades de Aveiro e Lisboa na segunda e terceira opções, mantendo o curso – deve-se à proximidade com o concelho de Fafe, de onde é natural, o que lhe permite “ir e vir todos os dias”, evitando “gastar dinheiro em estadia”.
Nessas viagens que vão começar em setembro, numa primeira fase, André terá de ocupar a função de passageiro, já que só atinge a maioridade no último mês de 2023. Assim sendo, vai aproveitar a boleia do irmão, Vasco, um ano mais velho, que entrou agora em Engenharia Civil, depois de ter experimentado o curso de Gestão em 2022/2023.
É o segundo ano letivo que a Universidade do Minho oferece o curso de Engenharia Aerospacial. Ainda é cedo para “pensar no futuro”, nomeadamente em relação à atividade profissional, mas o jovem minhoto imagina-se “a trabalhar no estrangeiro” e depois “regressar a Portugal e aplicar o conhecimento adquirido”.
