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Tiago Barquinha Gonçalves/RUM
Tiago Barquinha

Desporto 05.12.2023 11H45

Ângela Chevarria e o fim da «odisseia»: “Não tenho muita motivação para continuar na luta”

Escrito por Tiago Barquinha
A desportista conquistou duas dezenas de títulos nacionais.
Ângela Chevarria Fernandes no programa RUM(O) Desportivo.

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Multicampeã nacional, Ângela Chevarria Fernandes tenciona terminar a carreira de alta competição. Entrevistada no programa RUM(O) Desportivo, aos 41 anos e já depois de ser mãe, a atleta natural de Moledo considera que é o momento de parar.


Depois da participação no Europeu de Stand Up Paddle, em outubro, dá por “encerrada a odisseia desportiva”. “Não tanto pela idade, mas sim por falta de tempo”, confessa que não tem “muita mais motivação para continuar na luta”. “Irei continuar a fazer as minhas coisas, mas faço o que quero e quando me apetece, não tendo aquela obrigação de treinar e de fazer quilómetros”, acrescenta.


15 vezes campeã nacional de remo, campeã nacional de ciclismo de pista e cinco vezes campeã nacional de stand up paddle, a última no ano passado. Estes são alguns dos dados que atestam o percurso multidesportivo de Ângela Chevarria Fernandes, que também experimentou o triatlo.


A atleta minhota explica a mudança de modalidades ao longo da carreira: “Primeiro surgia a saturação, já que ganhava tudo, e depois tinha de procurar outra coisa. Não mudava com o intuito de ganhar tudo, queria era desligar-me da modalidade em que estava, mas quando tens o ADN da competição… acho que até nas danças de salão”, solta uma gargalhada.


No currículo de Ângela Chevarria Fernandes estão presenças em campeonatos do mundo, mas não esconde que “ficou a faltar uma participação olímpica”. Se no ciclismo “não se proporcionou”, até porque “a época era outra”, no remo considera que “não foi direcionada pelas pessoas certas”. “No remo sempre trabalhei muito. Acho que tudo parte de cima e, quando não há uma estrutura montada, depois é difícil a base chegar a voos mais altos”, lamenta.


Conciliando a vida desportiva com a profissional, enquanto camionista de matérias perigosas, a atleta de Caminha mantém o sonho vivo de estar nos Jogos Olímpicos, neste caso na condição de treinadora.

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