Regional 02.10.2024 10H13
Antigo administrador dos TUB sugere que Estação intermodal de Braga fique em Ferreiros
Opinião foi partilhada por Baptista da Costa num painel dedicado à mobilidade em Braga, no âmbito do Greenfest que decorreu no fim-de-semana na UMinho.
"As cidades precisam de ser redesenhadas a bem da mobilidade sustentável e Braga não é exceção" com um conjunto alargado de desafios para os próximos anos. Quem o reconhece é o antigo administrador dos TUB, Baptista da Costa, o primeiro a defender publicamente a introdução de linhas de BRT na cidade. O especialista participou no passado fim-de-semana no painel “Mobilidade em Braga: Redesenhar a Cidade para Todos”, no âmbito do Greenfest onde assinalou que nos dias que correm todos os modos de transporte devem ser compatibilizados.
Notando que no futuro, “a mobilidade será multimodal, elétrica, partilhada e autónoma”, afirma que é preciso “redesenhar as cidades para que todos os modos de transporte sejam compatíveis e que tenham pontos de transbordo em que facilmente se possa mudar de um para outro”.
Braga tem vários desafios em curso na área da mobilidade, incluindo a rede de alta velocidade entre Porto e Valença, a rede ferroviária e a introdução do BRT com as duas primeiras linhas apontadas para 2026. Baptista da Costa defende a criação de uma estação na zona de Ferreiros que permita todas as ligações, sem prejudicar nenhum tipo de mobilidade. “Hoje não faz sentido não ter em conta esta intermodalidade. Se a linha de alta velocidade ferroviária passa em Ferreiros em túnel, há que fazer uma estação ali para que se possa mudar de uma linha para outra. E há aqui a possibilidade de fazer um bypass de modo a que a alta velocidade ferroviária de passageiros pare em Braga sem prejuízo que as outras circulações continuem na linha que já está prevista construir”, sugere.
O antigo administrador dos Transportes Urbanos de Braga lembra também que Ferreiros é um dos pontos de entrada na cidade de Braga, considerando que terá de resultar numa nova centralidade que apelidou de ‘gare do ocidente’, notando que ali existe “muito espaço” para a construir.
Sublinhe-se que o local para a construção da estação intermodal ainda não está fechado, mas terá necessariamente em conta o traçado do TGV.