Um dos maiores nomes da cultura minhota e da música portuguesa, António Variações, natural da freguesia de Fiscal, em Amares, morreu há 40 anos. Apesar da sua passagem curta pela vida, deixou uma forte marca na cultura pop da época com clássicos como a "Canção do Engate", "O corpo é que paga" e "É p’ra amanhã".

Com 12 anos foi para Lisboa trabalhar numa mercearia. Após cumprir serviço militar em Angola, em 1970, foi para Amesterdão, onde se tornou cabeleireiro. Ainda na década de 70, abriu uma barbearia em Lisboa e assinou contrato com a agência EMI/Valentim de Carvalho.

O primeiro single, "Povo que lavas no rio/Estou além" foi lançado em 1982; o primeiro álbum, "Anjo da Guarda", em 1983, e o segundo, "Dar & Receber", em 1984, ano em que morreu, com apenas 39 anos.

Em maio de 1984 deu entrada no hospital e, no dia 13 de junho, morreu em consequência de uma broncopneumonia bilateral grave. Foi sepultado, dois dias depois, no cemitério de Amares, perto da sua aldeia natal, com a presença de alguns músicos no funeral.

Fotógrafa quer fazer exposição dedicada ao artista

De acordo com a Time Out, a fotógrafa e amiga de António Variações, Teresa Couto Pinto, encontra-se à procura de uma parceria para uma exposição de homenagem à cultura pop portuguesa.

Três fotografias já foram divulgadas, que vêm juntar-se a outras cinco, e estão à venda na loja online da produtora de exposições Terra Esplêndida.

As reproduções fine art das fotografias são feitas a partir dos negativos originais de Teresa Couto Pinto. Parte da receita da venda destas fotos tem o objetivo de conservar e digitalizar os negativos que compõem a coleção que a fotógrafa guarda há mais de 40 anos e, também, de preparar a sua primeira exposição dedicada a António Variações.