Apenas 7,5% dos novos contratos para a ciência desde 2017 não são precários

Desde 2017, quando foi criado o programa de estímulo ao emprego científico, só 7,5% dos novos contratos no sistema científico português, num universo de 9646, não eram precários. A grande maioria dos trabalhadores da ciência continua com contratos a prazo, geralmente com um vínculo nunca superior a seis anos, ou seja, em situação precária, como indicam os dados recolhidos pelo PÚBLICO no Observatório do Emprego Científico e Docente.

A esmagadora maioria dos investigadores que entrou recentemente no sistema científico tem uma situação precária – são quase nove mil cientistas. As organizações pedem novas medidas para a precariedade.

António Sousa Pereira, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), defende que as instituições de ensino superior deveriam passar “a ter uma parte do orçamento de investigação que lhes permitisse criar a carreira de investigação”. O CRUP já tinha avançado nos últimos meses que as universidades não têm verbas suficientes para integrar os cientistas – metade de todos os cientistas em Portugal trabalha nas instituições de ensino superior. O país tem cerca de 56 mil cientistas, segundo dados relativos a 2021. 

Atualmente, há 1201 contratos ativos referentes à norma transitória, segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior às organizações em março deste ano. A maioria destes contratos terminará nos próximos três anos – alguns já foram cancelados ou concluídos nos últimos anos. 

c/Público

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